O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltará a Belo Horizonte nesta segunda-feira (28/8) para receber o título de cidadão honorário de Minas Gerais. Engavetada há mais de quatro anos, a honraria será entregue às 17h, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em solenidade que deve ter a presença do governador Romeu Zema (Novo), responsável por conceder a graça ao ex-presidente.
Entretanto, a visita de Bolsonaro, cuja participação nos ataques de 8 de janeiro e na venda de presentes recebidos pela presidência da República de Estados do Oriente Médio é investigada pela Polícia Federal, deve ser marcada por protestos. Já há atos de repúdio à concessão da cidadania convocados para os arredores da ALMG por coletivos como, por exemplo, o Alvorada, a Casa Socialista e a Força Atleticana Revolucionária.
O título de cidadão honorário já havia sido aprovado, mas, sem ter sido entregue, foi lembrado na última semana, quando o deputado estadual Coronel Sandro (PL), que, aliás, foi o autor do pedido para homenagear Bolsonaro, fez novo requerimento à ALMG. O deputado pediu que o plenário da Casa fosse cedido para a reunião especial de entrega da honraria, o que foi autorizado pelo presidente Tadeu Martins Leite (MDB), o Tadeuzinho, já que tinha o número suficiente, conforme o regimento interno.
Antes de receber a cidadania honorária, Bolsonaro, ao lado do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, vai participar da cerimônia de posse da nova diretoria do PL de Minas Gerais, que, antes encabeçada pelo ex-deputado federal e estadual José Santana, vai ser presidida pelo deputado federal Domingos Sávio. A executiva ainda tem o deputado estadual Bruno Engler, pré-candidato à Prefeitura de Belo Horizonte como 1º vice-presidente, e o deputado estadual Gustavo Santana como 2º vice-presidente.
Mais tarde, às 19h, já depois da solenidade na ALMG, Bolsonaro vai visitar a Comunidade Católica Mundo Novo, na Região de Venda Nova, onde será acompanhado pelo deputado federal Eros Biondini (PL). Ele, que é do movimento Renovação Carismática Católica, é fundador da Missão Mundo Novo.
A última agenda de Bolsonaro a Belo Horizonte foi em 30 de junho, quando foi ao enterro do ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli. No mesmo dia, o ex-presidente foi declarado inelegível por oito anos pelo Tribunal Superior Eleitoral por abuso de poder político depois de acusar, sem provas, suposta fraude no sistema eleitoral a embaixadores estrangeiros dentro do Palácio do Planalto
- OTEMPO