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Bolsonaro inelegível: Ex-presidente fala em BH sobre decisão do TSE

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Bolsonaro fala em BH sobre inelegibilidade: ‘crime sem corrupção’ — Foto: Daniel de Cerqueira / O TEMPO

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), agora inelegível, concedeu coletiva de imprensa em Belo Horizonte, na tarde desta sexta-feira (30)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, em coletiva de imprensa em Belo Horizonte, na tarde desta sexta-feira (30), que sua inelegibilidade, determinada por maioria no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é “a primeira condenação por abuso de poder político”. Ele classificou a decisão como “uma apunhalada”, comparando o processo com a facada que sofreu em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, em setembro de 2018. Com informações de O Tempo.

“Viemos aqui num momento bastante difícil, despedida do senhor Alysson Paolinelli (ex-ministro da Agricultura, que morreu nessa quinta-feira, 29). Um dia que passou a ser emblemático pra mim, assim como o meia dúzia de setembro de 2018, quando eu levei uma facada pela frente. Hoje eu levei uma punhalada com essa decisão. Quem levou essa punhalada não foi o Jair Bolsonaro, foi a democracia brasileira”, classificou.

“Acredito que tenha sido a primeira condenação por abuso de poder político. Acredito que tenha sido este o meu crime. Crime sem corrupção, mas vamos lá. Nós acompanhamos as eleições, a maneira como o TSE agiu, me proibindo até de fazer live na minha casa e apareceu o resultado no final ali, o TSE anunciou o ganhador”, defendeu.

Na fala, Bolsonaro reiterou que “foi condenado em cima de um decreto que não foi concluído” pela Polícia Federal, e também citou que as apurações sobre os ataques de 8 de janeiro às sedes dos Três Poderes, em Brasília, também não chegaram a conclusões definitivas.  O ex-presidente ainda ressaltou que “a transição (entre o governo dele e o de Lula) foi feita na normalidade”, e negou qualquer aspiração golpista de seus apoiadores.

“Eu me recolhi, a transição feita na absoluta normalidade. Ninguém do PT pode reclamar de nenhum ministro meu sobre a transição. Dia 30 (de dezembro), eu saí do Brasil e infelizmente aconteceu o 8 de janeiro. Quem fala em golpe, não sabe o que é golpe. Com todo o respeito, é um analfabeto político”, disparou.

“Ninguém vai dar golpe com senhorzinhos e senhorinhas com a bandeira do Brasil”, acrescentou. O ex-presidente declarou que que há “300 presos injustamente” em decorrência dos protestos em Brasília.

“Nós lamentamos o que fizeram e as pessoas que fizeram isso tem que arcar com responsabilidades”, comentou sobre o vandalismo no dia. Bolsonaro ainda alegou que a atuação do TSE é um flerte com países autoritários.

“No mais, aquelas autoridades, sem citá-las, que vinham ao longo do tempo dizendo que tinha que salvar o Brasil de uma ditadura, que, de uma forma ou de outra, contribuíram para com aqueles números do TSE, e, agora, contribuíram pela minha não elegibilidade, ou seja, estou inelegível basicamente a partir de agora, eu peço que essas pessoas, por questão de coerência, procurem o atual presidente da República, Lula, que marcou uma reunião com o Foro de São Paulo – não sei se todos estão presentes -, e vão brindar com o Ortega, da Nicarágua, que prendeu todos os opositores, padres, que expulsou freiras e persegue de forma brutal o seu povo”, avaliou.

O ex-chefe do Executivo voltou a falar em “possíveis irregularidades nas eleições de 2018” e atribuiu a votação no TSE, que o tornou inelegível, como parte de uma conjuntura política que envolveram vários eventos.

“Então, eu fui julgado por um inquérito que está há cinco anos para apurar possíveis irregularidades na eleição de 2018. Por que está fechado até hoje? Por que esse inquérito não foi concluído até hoje? Eu não posso ser julgado por algo que ainda não existe. As eleições de 2018 foram seguras ou não? Por que esse inquérito não foi concluído pela Polícia Federal? Era um inquérito sem classificação sigilosa. Também fui julgado pelos atos de 8 de janeiro. Qual a minha participação nesses atos? Quem perdeu com aquilo? Também fui julgado pelos atos de 12 de dezembro, entre outros”, comentou.

Após voltar em falar em “petralhas” e questionar a efetividade das vacinas contra Covid-19, Bolsonaro comentou, brevemente, o episódio que envolveu sua filha mais nova, Laura, que não recebeu doses do imunizante.

“O Conselho Tutelar esteve na minha casa semana passada para ver se minha filha tinha tomado a vacina ou não. Não tem mais liberdade no Brasil?”, ironizou.

Bolsonaro em Belo Horizonte

O ex-mandatário veio à capital mineira para velório e enterro do ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli, que faleceu aos 86 anos na quinta-feira (29). Depois, participou de um almoço com apoiadores e aliados políticos.

Estiveram no encontro os deputados federais Eros Biondini (PL), Lincoln Portela (PL), Domingos Savio (PL) e Cabo Junio Amaral (PL), além dos deputados estaduais Coronel Sandro (PL) e Sargento Rodrigues (PL).

O ex-governador de Minas Gerais, Newton Cardoso (MDB), e o deputado estadual, Eduardo Azevedo (PL) também estão no local.

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