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Bolsonarista é preso após matar petista em discussão no Mato Grosso

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Uma briga política terminou com um apoiador do presidente Jair Bolsonaro matando um eleitor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Confresa, no Mato Grosso, nesta quinta-feira. Na ocasião, Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, matou Benedito Cardoso dos Santos, de 44 anos, foi preso e confessou o crime.

De acordo com o jornal “O Globo”, ao juiz, ele confessou que eles discutiam por horas por divergências políticas e que atingiu o rival com facadas no rosto após receber um soco. Benedito foi atingido com golpes no olho, na testa e no pescoço. O autor, que era colega de trabalho da vítima, ainda teria tentado decapitar o homem com um machado depois.

A prisão do autor do assassinato, que tentou fugir mas foi capturado com um corte na mão, foi convertida em preventiva pelo juiz Carlos Eduardo Pinho Bezerra de Menezes. Na decisão, ele condenou o ódio político hoje presente no país.

“Em um estado democrático de direito, no qual o pluralismo político é um dos seus princípios fundamentais, torna-se ainda mais reprovável a conduta do custodiado (…). A intolerância não deve e não será admitida, sob pena de regredirmos aos tempos de barbárie. A liberdade de manifestação do pensamento, seja ela político-partidária, religiosa, ou outra, é uma garantia fundamental irrenunciável”, apontou o magistrado.

Outros episódios

Ao longo dos últimos meses, episódios de brigas políticas têm ocorrido com certa frequência. Na semana passada, um policial militar de 37 anos atirou em um homem dentro de uma igreja evangélica, em Goiânia, na noite de quinta-feira (1º). Ambos, que são frequentadores do templo, teriam começado a discutir após um pastor pregar contra partidos e políticos de esquerda. A vítima discordava da posição de pastores que, seguindo orientação nacional da congregação, pregavam contra partidos de esquerda e a candidatura do ex-presidente Lula. O homem foi socorrido com um tiro na perna e passa bem.

Em julho, em Foz do Iguaçu, o guarda municipal Marcelo Arruda foi morto pelo policial penal Jorge Guaranho em um clube. Guaranho invadiu a festa do guarda municipal  e atirou contra os convidados. Um vídeo mostra ele atirando em Marcelo Arruda já caído. O aniversariante, que fazia uma festa temática do PT, reagiu e também atingiu o policial penal, que era bolsonarista. Guaranho sobreviveu.

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