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Saúde

Baixo índice de mortalidade infantil aponta desenvolvimento social de Nova Serrana

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Apesar de índices abaixo da média estadual em 2013, 2014 e 2015, nos dois últimos anos os índices de mortalidade sofrem pequeno aumento em Nova Serrana

Um dos principais fatores de desenvolvimento humano e social dos países emergentes é a redução dos índices de mortalidade infantil. A quantidade de crianças que vem a óbitos por questões de falta de estrutura na saúde, desnutrição e desigualdade social.

Os países subdesenvolvidos carregam índices de mortalidade infantil elevados. Segundo os relatórios da Organização das Nações Unidas (ONU) a cada 1000 crianças nascidas, aproximadamente 50 vem a óbito antes de completarem o primeiro ano de vida.

Em Nova Serrana, esse índice no entanto está bem abaixo dos países subdesenvolvidos. Segundo informações fornecidas pela Secretaria Municipal de Saúde, a cidade obteve índices de mortalidade infantil bem abaixo da média nacional.

Segundo os dados da secretária, em 2017, das 1.435 crianças nascidas no município, 19 vieram a óbito em um prazo de até um ano de vida. Dentro dos cálculos de mortalidade infantil o município obtém média de 1,32.

Os números de Nova Serrana obtiveram um pequeno aumento nos últimos anos a exemplo do que vem acontecendo no Brasil. Com exceção do ano de 2016 os índices apesar de serem próximos vem mostrando uma estabilidade com leve redução dos índices de mortalidade.

Em 2016 Nova Serrana registrou 1.496 nascimentos e 18 óbitos, ou seja 1,2% de mortalidade. Em 2015 foram registrados 1.432 nascimentos e 15 óbitos, obtendo a média de 1,04% e em 2014 a cidade registrou 1.336 nascimentos e 12 óbitos, obtendo assim menor média dos últimos cinco anos, com 0,8% de mortalidade entre as crianças de até um ano de vida.

Índices na base de cálculo da ONU e praticados no estado

A ONU realiza os cálculos de mortalidade infantil seguindo a fórmula que divide o número de morte pelo número de nascimentos no município e multiplica o resulta por 1000. Seguindo a base de cálculo da Organização das Nações Unidas, Nova Serrana obteve nos cinco últimos anos índices abaixo de 20%.

No ano de 2014 a cidade teve índice de 8,9%, média abaixo do 11,4% obtidas pelo estado de Minas Gerais, em 2015 Nova Serrana alcançou índice de 10,4%, ainda abaixo do 10,9 do estado.

Em 2016 a cidade alcançou 12,03%, tendo assim uma média acima da praticada no estado, que foi de 10,5%, e quanto aos índices praticados em 2017, ainda não foi divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde os índices mineiros.

Mortalidade pós natal

Quanto as mortes de crianças após o primeiro ano de vida a cidade também obteve números baixos nos últimos cinco anos. Em 2013  o município obteve 16 mortes de crianças, com índice de 12,43, em 2014 foram 23 óbitos, o que representa índices de 17,21, o mais elevado nos último quinquénio.

No ano de 2015 novamente o município obteve baixos índices, com 12 mortes de crianças acima de 1 anos, a cidade contabilizou índice 0,61.

Em 2016 foi registrado óbitos de 18 crianças, contabilizando índices de 13,41 e em 2017 houve uma pequena redução quando comparado com ano anterior, a cidade registrou 19 óbitos, porém somado com os demais índices de natalidade da cidade, o índice registrado foi de 13,24.

A que se deve os índices no município

Pelo mundo as principais causas da mortalidade infantil estão relacionadas a falta de assistência e de instrução às gestantes, ausência de acompanhamento médico, deficiência na assistência hospitalar, desnutrição, déficit nos serviços de saneamento ambiental, entre outros.

A ausência de saneamento provoca a contaminação da água e dos alimentos, podendo desencadear doenças como a hepatite A, malária, febre amarela, cólera, diarreia, etc.

Conforme dados do Fundo de População das Nações Unidas (Fnuap), a taxa de mortalidade infantil mundial é de 45 óbitos a cada mil crianças nascidas vivas. Esses dados estão em constante declínio, visto que há 20 anos o número de mortes de crianças com menos de 1 ano era de 65 para a mesma quantidade de nascidas vivas.

Em Nova Serrana os índices baixos estão relacionados ao trabalho de atenção primaria que vem sendo desenvolvido no município. A atuação clinica e o desenvolvimento social do município causa um impacto direto nos índices de mortalidade infantil no município.

De acordo com a secretária Municipal de Saúde Glaucia Sbampato, as dificuldades e características de desenvolvimento do município vem sendo superada com aplicação e planejamento de um trabalho feito pela atenção primária na cidade. “Nova Serrana é uma cidade atípica, recebemos pessoas novas, de outras cidades durante todo o ano, a cidade convive com o crescimento populacional, o que traz desafios quanto a esse trabalho, contudo as ações da atenção primaria vem surtindo efeito, uma equipe que está em constante qualificação e consequentemente aplicando seu conhecimento com dedicação traz resultados positivos para o município, porém continuamos a trabalhar para que esses índices sejam próximos dos países de primeiro mundo”, diz a secretária.

Mortalidade infantil no Brasil

Segundo os dados divulgados na pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2015, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mortes de crianças com até 1 ano de idade passaram de 4% do total de óbitos registrados em 2005 para 2,5% em 2015. Na faixa até 5 anos, esse percentual caiu de 4,8% para 3% dos óbitos.

Em 1974, os óbitos de crianças menores de 1 ano representavam 28% do total no Brasil e os de menores de 5 anos, 35,6%. “Cabe enfatizar que a diminuição dos níveis de fecundidade também contribuiu de forma significativa para o declínio destes percentuais”, diz o estudo.

O IBGE também atribui o declínio na mortalidade infantil ao aumento da escolaridade feminina e à elevação do percentual de domicílios com saneamento básico adequado (esgotamento sanitário, água potável e coleta de lixo), além do maior acesso da população aos serviços de saúde, o que proporcionou melhoria na qualidade do atendimento pré-natal e durante os primeiros anos de vida.

A Secretaria de Saúde de Divinópolis divulgou recentemente um informe epidemiológico sobre o perfil da mortalidade infantil no município entre 2010 e 2016. A taxa de mortalidade infantil (TMI), definida como o número de óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos, estima o risco de um recém-nascido evoluir para o óbito durante o seu primeiro ano de vida. Em seis anos a mortalidade infantil caiu 28,5%, influenciada pelo conjunto de ações implantadas pelo município. O estudo teve o objetivo de analisar as taxas de mortalidade, as causas básicas e as causas evitáveis dos óbitos em menores.

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