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Aumento do número de abandono de animais durante a pandemia de Covid-19 é tema de Audiência Pública Virtual na Assembléia Legislativa

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Foi realizado no dia 08 de junho, a primeira audiência pública remota da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), para debater sobre o abandono de animais durante a pandemia.

Conforme informado, durante a pandemia da Covid-19, o número de abandono de animais tem aumentado significativamente. Estimativas apontam que, somente em Belo Horizonte, houve um crescimento de aproximadamente 40% do número de cães e gatos nas ruas.

Na ocasião os dados, apresentados pelo presidente da comissão, deputado Noraldino Júnior (PSC), se repetem em todo o País e abrem a discussão para outro problema que também ampliou nesse período de isolamento social: a adoção inconsequente.

O deputado explicou que muitas pessoas acabam desejando adotar um animal para uma companhia momentânea nesse momento de solidão, sem avaliar as condições para continuar mantendo-o depois.

“Se não adotarmos medidas para que sejam realizadas adoções com metodologia, corremos risco de aumento significativo de abandono pós-pandemia, de animais adotados e que também estão sendo comprados, especialmente do mercado clandestino, que responde por 90% da comercialização de animais”, advertiu o parlamentar.

O alerta foi repetido por outras duas participantes da audiência pública, a coordenadora de Fauna e Pesca da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Samylla de Cássia Ibrahim Mol, e a médica veterinária Flávia Quadros Campos Ferreira, especialista em Controle Populacional e Medicina do Coletivo.

Samylla Mol afirmou que é louvável a iniciativa da adoção, desde que seja refletida. “O cão e o gato têm vida longa, 10, 15 anos, não é para pandemia, é para muitos anos”, ensinou.

Conforme apontou a coordenadora da Semad, ao resolver adotar um animal, a pessoa tem que avaliar se tem condições financeiras para garantir a alimentação, os cuidados veterinários e o bem-estar do animal; se terá tempo disponível para se dedicar a ele.

Foi também apontado eu a falta de planejamento é um dos fatores, também, para o abandono de animais. “É comum, na doença, ser abandonado por incompatibilidade financeira, porque a assistência veterinária é muito cara”, reforçou Flávia Ferreira.

Veja a audiência na integra:

Foto: Assembleia Legislativa/ Sara Torres

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