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Áudio atribuído a vereador de Pitangui viraliza: ‘abri uma zona’ e ‘não tem vaga pra puta’

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Gilbertinho Cardoso durante reunião legislativa (Foto: CMP/Divulgação)

Gravação atribuída a Gilbertinho Cardoso (PV) repercute em grupo no WhatsApp; procurado pela reportagem de O INDEPENDENTE, vereador não respondeu até ao fechamento desta matéria

Um áudio atribuído ao vereador Gilbertinho Cardoso (PV) viralizou na internet e tem recebido críticas – principalmente entre integrantes de um grupo de WhatsApp chamado “Pitangui Urgente – Espaço do Morador”, que afirmam ser os alvos de xingamentos como “cambada de vagabundo” e a afirmações como “eu abri uma zona” e “não tem mais vaga pra puta”.

Repercussão, na manhã desta terça (19), do áudio atribuído ao vereador no grupo ‘Pitangui Urgente – Espaço do morador’; números e nomes foram apagados para preservar os participantes (Foto: Reprodução do WhatsApp)

Procurada na manhã desta terça-feira (19) pela reportagem de O INDEPENDENTE, uma das pessoas responsáveis pela gestão do grupo disse que o vereador teria se revoltado após saber que o grupo já estava cheio e com uma grande fila de interessados em participar. Ele teria então gravado o áudio xingando a equipe e os participantes do “Pitangui Urgente – Espaço do Morador” e pedindo que esse conteúdo fosse enviado a eles.

Trecho da página de apresentação do grupo ‘Pitangui Urgente – Espaço do Morador’ em print feito por O INDEPENDENTE nesta terça, 19. É possível ler um aviso de que interessados em participar serão aceitos por ordem de chegada, à medida que liberarem espaço (Foto: Reprodução do WhatsApp)

Um dos trechos do áudio atribuído ao vereador diz que “Grande fila é o carai”. Em outro, afirma: “Cambada de vagabundo safado”. Também há as afirmações de que “Eu abri uma zona” e “Num tem vaga pra puta mais, não”.

Ouça e leia a transcrição do áudio atribuídao vereador:

“Ô… A grande fila é o carai. Eles coloca quem que eles quer. Que esse grupo é pra falar de mim e da Maria Lúcia. Então fala com eles pra respeitar, viu? Porque agora eu vou perseguir eles também, igual eles me persegue. Cambada de vagabundo safado. Vou ficar caladim. Avisa eles que… eu abri uma zona, agora não tem vaga mais, não. Num tem vaga pra puta mais, não.”

Ao fim do áudio que viralizou é possível ouvir alguém perguntando ao fundo: “Quê isso, Gilberto?”

Possível contexto

Perguntada pela reportagem de O Independente sobre qual seria o contexto do áudio, uma das pessoas responsáveis pela administração do grupo de WhatsApp “Pitangui Urgente – Espaço do Morador” aceitou dizer qual é a percepção dela sobre a situação, mas pediu que não tivesse o nome divulgado, por temer represália.

  • Nota da Redação do Independente : o direito ao sigilo é uma garantia constitucional a qualquer fonte jornalística. Está entre os direitos fundamentais na Constituição Brasileira. O artigo 5º, inciso XIV, assegura o direito de acesso à informação, “resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional”. A garantia constitucional do sigilo de fonte é assegurada não apenas aos jornalistas que atuam como repórteres. Ela também contempla editores, diretores e proprietários dos veículos de informação. Como é o caso, em prol da garantia de segurança que a fonte deseja, O INDEPENDENTE acata o pedido feito por ela.

Segundo a fonte:

“Ele [o vereador Gilbertinho Cardoso] queria entrar no grupo porque soube que alguém havia reclamado dele lá [no grupo]. Alguém que estava no grupo enviou o áudio da reclamação para o Gilbertinho. Ele foi mandando áudios, falando esse falatório todo, com essas palavras indecorosas. Ele foi falando e a pessoa foi levando as falas dele pro grupo, porque não tinha como colocar ele no grupo, que já tinha 1.023 pessoas. Quando começou essa confusão, ninguém quis sair do grupo e a gente também não tinha como tirar ninguém. Não tinha vaga. Aí o pessoal não queria que o colocasse, porque já havia uma fila de gente interessada em participar do grupo. Tinha gente que estava há muito tempo na fila. Então ele foi pedindo à pessoa que encaminhasse esse e outros áudios dele no nosso grupo. Ele gravou e a pessoa encaminhou, a mando dele”.

Contraponto do vereador

Também na manhã desta terça-feira (19) a reportagem de O INDEPENDENTE questionou o vereador sobre a veracidade e o teor do áudio. As perguntas foram enviadas a ele por WhatsApp e e-mail (veja abaixo). Foi pedido ao vereador que respondesse até às 14h, horário previsto para o fechamento desta matéria. Ainda não houve resposta até ao fechamento da reportagem, que aconteceu às 21h do mesmo dia. Caso o vereador se posicione sobre o caso após a publicação, uma nova matéria será feita com foco no posicionamento dele.

Questionamentos enviados ao vereador

Print 1 de 2 do pedido feito via WhatsApp

Print 2 de 2 do pedido feito via WhatsApp

Print 1 de 2 do pedido feito via e-mail

Print 2 de 2 do pedido feito via e-mail

(Reportagem: Ricardo Welbert)
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