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Inclusão

Assento de avião que acopla cadeira de rodas promete aumentar acessibilidade durante viagens

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Novo modelo de assento de avião que permite acoplar uma cadeira de rodas da Delta Airlines - Créditos: Francesca Street / reprodução CNN

Protótipo foi apresentado durante feira de aviação em Hamburgo, na Alemanha

Um novo modelo de assento de avião que permite acoplar uma cadeira de rodas foi apresentado durante a Aircraft Interiors Expo (AIX), uma feira de aviação em Hamburgo, na Alemanha. A projeto, criado por uma subsidiária da companhia aérea norte-americana Delta Airlines, permite que cadeirantes permaneçam em suas própria cadeira durante o voo. Com informações de Itatiaia.

A novidade foi recebida com animação por potenciais clientes. “Incrivelmente empolgado”, disse o usuário de cadeira de rodas e viajante Cory Lee à CNN. A reação de Lee veio após ver o protótipo exposto desenvolvido pela Delta Flight Products (DFP).


“Durante décadas, as pessoas com deficiência lutam por viagens aéreas mais acessíveis, e isso parece um grande passo (ou um salto gigantesco) em direção à uma inclusão real”, disse Lee.

Design permite que cadeirante acople sua própria cadeira de rodas em assento de avião – Foto: Francesca Street/CNN

O design permite que o assento do avião seja dobrado para que uma cadeira de rodas seja encaixada no lugar. Assim, o mesmo assento pode ser usado por vários públicos, bastanto apenas pequenos ajustes. A ideia é que os assentos sejam instalados em sistemas de trilhos pré-existentes, portanto não há necessidade de alterar estruturalmente a aeronave.


No modo para cadeira de rodas, os passageiros ainda podem usar a mesa de bandeja. A altura dela também é ajustável. Segundo Rick Salanitri, presidente da DFP, a ideia é que a conversão seja perfeita. Caso o projeto passe nos testes e seja aprovado pelas companhias aéreas, ele pode ser implantado na aviação comercial em até 18 meses.

Dificuldades enfrentadas por cadeirantes

O cadeirante Cory Lee é um viajante nato. O blogueiro já viajou para 43 países e compartilha suas aventuras e desafios na internet. Apesar de amar conhecer novos lugares, segundo ele, as viagens estão cada vez mais difíceis.

Já que as companhias aéreas não podem acomodar cadeiras elétricas, Lee precisa usar uma cadeira comum, oferecida pelos aeroportos. Como ele não consegue controlá-la sozinho, a perda da sua independência o “assusta”.

As dificuldades continuam no embarque. Lee precisa ser transferido para uma outra cadeira de rodas no corredor e depois para o assento da aeronave. “Durante essas transferências, quase fui dispensado em várias ocasiões”, contou.

Além do estresse causado pelas mudanças, Lee passa a viagem preocupado com a possibilidade de danos à sua cadeira. “[Uma vez,] ela foi tão danificada que nem consegui conduzi-la para fora do aeroporto em duas ocasiões diferentes”, explicou.

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