Inflação

Arroz e feijão estão 74% mais caros que em janeiro de 2020

Publicado

em

O arroz com feijão de cada dia está, em média, 74,41% mais caro do que estivera em janeiro de 2020 em Belo Horizonte e região metropolitana. O aumento no preço dos alimentos foi, respectivamente, de 73,4% e 77,2% no período. Entre junho deste ano e o mesmo mês do ano passado, o avanço foi de 32,18%. A informação é de uma pesquisa do site Mercado Mineiro, divulgada nesta segunda-feira (21).

O estudo analisou preços em supermercados entre 13 e 18 junho, e comparou com os preços médios de levantamentos anteriores. O produto que mais encareceu no período entre janeiro de 2020 e junho de 2021 foi o óleo de soja, com 123,4% de aumento.

Em média, compras nos estabelecimentos ficaram 44% mais caras, levando em consideração todos os produtos analisados pela pesquisa. A única queda de preço foi registrara no “limpador Veja Multiuso”, que está 19,9% mais barato.

Os números afetam, principalmente, o poder de compra da população mais carente e, conforme revelado por Fernando Abreu, presidente do Mercado Mineiro, o patamar de aumentos sucessivos, de 15 meses ininterruptos, é inédito.

“A inflação está controlada para quem come caviar. Nesses 21 anos que temos feito pesquisas, não vi aumentos nesse nível. Havia aumentos isolados, que voltavam ao normal, mas nada como o que ocorre agora”, disse.

Abreu afirma que, além da pandemia, há outros fatores que influenciam nos preços, como aumentos típicos em virtude de safras diferenciadas de produtos agrícolas, e o mercado exportador, que junto ao patamar alto do dólar, acaba por prejudicar o consumidor interno brasileiro.

“A pessoa não percebe a queda no poder de compra. Conseguíamos comprar muito mais (em janeiro de 2020) do que hoje. As classes mais baixas não conseguem suprir esses aumentos. Óleo de soja, feijão, arroz, leite. Não tem como substituir. Macarrão também subiu. Banha de porco? Está caríssimo. As variações são grandes. O consumidor tem muita dificuldade de acesso. Não tem como deixar de comer, e o salário de ninguém aumentou. Quem continua com salário tem que dar graças a deus”, lamenta.

 

Fonte: O Tempo

Foto: IDEME/Divulgação

Clique aqui e faça parte de nosso grupo de whatsapp

Clique aqui e siga-nos no instagram

Clique aqui e siga-nos no facebook

JORNAL O POPULAR – A NOTÍCIA COM DEVE SER

Tendência

Sair da versão mobile