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Religião

Aprovação em concurso, cura de bebê prematuro e de pneumonia: conheça milagres que fiéis atribuem a padre Libério

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Padre Libério faz parte da vida e da história familiar de Lucilene Santos — Foto: Lucilene Santos/Arquivo pessoal

Nascido em Lagoa Santa no dia 30 de junho de 1884, sacerdote dedicou a vida à Diocese de Divinópolis. Milagres são tantos que um processo de beatificação está em andamento no Vaticano desde 2012.

Aprovação em concurso, cura de bebê que corria risco de morte após um parto prematuro e cura de pneumonia: estes são apenas alguns dos milagres que os fiéis atribuem a padre Libério Rodrigues Moreira, falecido há mais de 40 anos, mas ainda considerado um dos padres mais conhecidos no Centro-Oeste de Minas. Com informações de g1 Centro-Oeste.

Libério nasceu no dia 30 de junho de 1884 em Lagoa Santa, região metropolitana de Belo Horizonte, mas sua história como religioso se consolidou na Diocese de Divinópolis.

Exerceu seu sacerdócio em cinco cidades ligadas a diocese, entre elas, Pará de Minas, onde o Município instituiu, por meio de lei, o Dia de Padre Libério. A data celebrada em 30 de junho não é considerada feriado, mas ressalta a importância do religioso e sua história.

Aprovação em concurso

Em 2007, o enfermeiro Marcelo Morais prestou concurso público em Barão de Cocais, mas não passou. Com uma filha recém-nascida, o medo de ficar desempregado o motivou a buscar oportunidades em outras cidades.

“Quando eu vim fazer o concurso de Itapecerica, a sogra do meu irmão pegou a oração do padre Libério, que até então, eu nem conhecia, colocou na minha carteira e falou assim: ‘reza essa oração antes da sua prova que ele vai interceder junto a Deus, vai abençoar e você vai passar'”, lembra.

Então, antes da prova, Marcelo pediu a intercessão de padre Libério, e o resultado tão aguardado foi o fruto do milagre, segundo ele.

“Peguei realmente com muita fé, rezei a oração e graças a Deus foi concedido. Passei no concurso da Prefeitura de Itapecerica e de Formiga também que fiz na mesma época”, relembrou.

Nascimento prematuro

Rosa Diolina e o filho Fhelipe Gonçalves — Foto: Rosa Diolina/Arquivo pessoal

A costureira Rosa Diolina, moradora de Divinópolis, é devota de padre Libério há mais de 30 anos. Para ela, o religioso foi quem intercedeu na vida do filho, que nasceu prematuro e, por isso, teve a saúde afetada.

“Fiz promessa para o Padre Libério e a Nossa Senhora para ajudá-lo. Os médicos não achavam que ele fosse sobreviver, porque ele era muito fraquinho. Mas eu tive a graça e hoje meu filho está com 34 anos”.

Pelo milagre concedido, Rosa caminha todos os anos até Leandro Ferreira, onde o padre está sepultado, para agradecer a saúde do filho.

Pneumonia e a promessa

O terço de Padre Libério foi um presente que Pedro filho de Lucilene a pediu — Foto: Lucilene Aparecida dos Santos/Arquivo pessoal

A assistente social Lucilene Aparecida dos Santos teve como herança dos avós paternos a devoção em padre Libério. No ano passado, ela recorreu ao padre para que a ajudasse com a filha caçula, que teve um quadro grave de pneumonia e ficou internada no CTI por 10 dias.

“Eu podia ficar com ela só durante o dia e revezava com meu marido. À noite, quando eu saía, eu fazia uma oração e falava: ‘Agora é a sua vez, padre Libério, de assumir o plantão e ficar com a Manoela’. E eu tenho certeza que ele estava ali com ela o tempo todo e intercedeu. A Manuela vê a imagem dele e manda até beijo”, contou.

Assim que Manoela recebeu alta do hospital, Lucilene a levou em Leandro Ferreira junto do marido, o filho Pedro e a sogra.

“A minha sogra fez a promessa de levar uma pedra de menos de 2 kg que simbolizava o peso da Manoela quando ela nasceu. Ela carregou essa pedra em uma mochila a caminhada toda de Divinópolis a Leandro Ferreira”, completou.

Romaria até Leandro Ferreira

Romeiros saíram de Divinópolis rumo a Leandro Ferreira — Foto: Eclair Canedo de Morais /Arquivo pessoal

Eclair Canedo de Morais, mais conhecida como “Nenzinha”, é a sogra de Lucilene e responsável por organizar uma romaria que sai de Divinópolis com destino a Leandro Ferreira – um trajeto de mais de 60 quilômetros.

“A minha devoção do padre Libério veio pelos meus pais. Eu vi o padre Libério uma única vez, quando veio a Divinópolis, lembro dele bem idoso. A primeira vez que fizemos a romaria foi em 2014, com 19 pessoas caminhando. Tínhamos o apoio de um caminhão levando a bagagem e colchões”, lembra.

Com o passar dos anos, a romaria ganhou a participação de 119 pessoas, segundo Nenzinha. Por causa da pandemia, os romeiros suspenderam a tradição e retornaram neste ano, com cerca de 60 pessoas, entre equipe de apoio, cozinheiras e outors voluntários.

“Para nós, que somos fiéis e devotos de padre Libério, ele já um é santo. A gente sabe que ele já está intercedendo por nós. Mas, é preciso que ele seja beatificado, canonizado para que ele ganhe a honra dos altares, e esse é nosso intuito”.

Nenzinha é responsável por organizar romaria até Leandro Ferreira, cidade onde padre Libério está enterrado — Foto: Eclair Canedo de Morais/Arquivo pessoal

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