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Após humilhação em MG, faxineira tem pressão alta e ansiedade: ‘Vou processar’

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Anelina afirmou que vai processar a agressora — Foto: Reprodução / @layanejornalista / Instagram

‘Só tentei alertar para que uma tragédia não acontecesse’, disse Anelina sobre o pedido para que adolescente passasse por outro local no shopping

A profissional do setor de limpeza do Shopping Vale do Aço, em Ipatinga, informou que vai processar a mulher que a humilhou enquanto ela trabalhava. Anelina Alves contou que teve alteração na pressão arterial, além de um quadro de ansiedade após o ocorrido. Ela se manifestou em vídeo publicado nas redes sociais nesta quinta-feira (28 de dezembro). Com informações de O Tempo.

A discussão ocorreu, segundo o relato de Anelina, depois de ela pedir que uma menina passasse por outro lugar, já que ela estava limpando e o piso encontrava-se escorregadio. “Educadamente falei para ela não passar por lá, pois o chão estava molhado, e ela poderia cair”.

Mesmo com a recomendação, a garota continuou pisando no local e foi ao encontro da tia. “Em questão de segundos, a mulher começou a me agredir com palavras. Disse que eu não poderia ter falado daquela forma com a sobrinha dela pois sou analfabeta, que estava ali porque sou faxineira, e que ela era rica”, relembrou.

Anelina lamentou a agressão verbal, pois, ao alertar a menina sobre o perigo, seu desejo era evitar um acidente. “Só tentei alertar para que uma tragédia não acontecesse, e a moça não passasse o Ano Novo em uma cama de hospital, pois ela poderia bater com a cabeça no chão. Tentei aliviar de uma lado, mas acabei me prejudicando de outro. Agradeço pelo carinho de todos”.

Processo

A profissional do setor de limpeza contou que vai processar a mulher que a ofendeu. “Estou muito abalada. Deus vai me ajudar e, em nome de Jesus, eu quero entrar com a ação [judicial] contra ela. Espero que isso não fique impune para que ela não faça o mesmo com outras pessoas”, disse.

Devido às complicações de saúde decorrentes do ocorrido, Anelina procurou uma unidade de saúde. “Minha pressão alterou muito. O médico passou os medicamentos tanto para normalizar a pressão, quanto para a ansiedade, pois preciso dar uma acalmada. Me deram quatro dias de atestado, mas aquilo que vivi não vai passar”, finalizou.

Imagens do circuito de segurança permitiram a polícia identificar a suspeita das ofensas e o carro utilizado por ela. O veículo, um Punto de cor vermelha, estava com placas do Estado de São Paulo. A mulher não foi encontrada, e o caso é investigado.

Por meio de nota, o Shopping Vale do Aço repudiou o ocorrido. “A profissional foi prontamente acolhida e está recebendo todo apoio emocional necessário, enquanto medidas cabíveis estão sendo tomadas. Repudiamos veementemente qualquer forma de discriminação e reforçamos nosso compromisso em assegurar um ambiente seguro e acolhedor para todos”, disse.

O que diz a PCMG

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que a ocorrência foi registrada ontem (27/12). Foi instaurado procedimento para apurar os fatos que segue em tramitação a cargo da Delegacia Regional de Ipatinga com as diligências em andamento.

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