Economia

Ano de 2020 quebra o inquebrável, e Duralex anuncia pedido de recuperação judicial

Publicado

em

Com 75 anos de atividades, a empresa francesa Duralex entrou com pedido de recuperação judicial. Conhecida por anunciar seus pratos como “inquebráveis”, a companhia precisa apresentar um plano de pagamento de dívidas para evitar a própria quebra.

O presidente da empresa, Antoine Ioannidès, disse ao jornal Le Monde, houve perda de 60% do faturamento com a queda das exportações por conta da pandemia do novo coronavírus. Com sede em La Chapelle-Saint-Mesmin, interior da França, 80% da produção da Duralex vai para fora do país de origem.

A Duralex passa agora por seis meses de observação, com tutela do Tribunal de Comércio de Orléans, para tentar salvar os negócios ou declarar falência.

LEIA MAIS NOTÍCIAS SOBRE ECONOMIA NO JORNAL O POPULAR

A empresa foi fundada em 1945 pelo grupo industrial Saint-Gobain. Anos antes, o grupo havia lançado uma técnica de vidro temperado que daria aos itens uma resistência especial.

O auge veio nos anos 1970 e 1980, com ganhos de mercado dos vidros “inquebráveis”. Em 1997, a empresa foi vendida a um grupo italiano que permaneceria como controlador até 2005.

Naquele ano, o empresário turco Sinan Solmaz assumiu a operação da empresa, que não vivia seus melhores dias. Em 2007, uma das fábricas da companhia na França fechou. No ano seguinte, a empresa ameaçou entrar com um processo de recuperação judicial, mas acabou vendida para a atual administração.

Dos mais de 1 mil funcionários que chegou a ter, passou nessa época a ter cerca de 260. Por 10 anos, conseguiram estabilizar as operações e planejavam ampliação com uma nova fábrica. A demanda não se confirmou e as instalações apresentaram problemas, trazendo de volta os problemas financeiros.

Duralex no Brasil
O pedido de recuperação judicial da empresa na França não afeta as operações da marca no Brasil, nem no restante da América do Sul. Nessas regiões a marca Duralex pertence à Nadir Figueiredo e, segundo nota da empresa ao CORREIO, que continuará a ser comercializada normalmente. Leia a nota na íntegra:

“A marca Duralex, no Brasil e demais países da América do Sul, pertence à Nadir Figueiredo, empresa brasileira consolidada há mais de 108 anos no mercado, e reforça que trata-se de uma marca sólida, tradicional e que continuará a ser comercializada normalmente nestes países.

Tanto a operação, quanto os produtos – Duralex e Duralex Opaline – não possuem qualquer relação com a Duralex Internacional, que recentemente teve o pedido de falência decretada na França.

Fonte: Correio

Tendência

Sair da versão mobile