De um lado, o América, mandante do jogo, entrou em campo com uma excelente vantagem. O time de Vagner Mancini, após a vitória por 2 a 0 no primeiro jogo, podia perder até pos dois gols de diferença. Na outra metade do campo, o Cruzeiro que tinha uma missão extremamente difícil: teria de vencer o rival por pelo menos três gols. No fim das contas, no duelo da noite deste domingo (19) no Independência, palco do segundo jogo da semifinal do Campeonato Mineiro, a parte verde do estádio voltou a sorrir.
Pela sétima vez consecutiva – e segunda nesta semifinal –, o América superou a Raposa e vai jogar a final do estadual contra o Atlético. Aloísio, de falta, marcou para o Coelho ainda no primeiro tempo. Lucas Oliveira deixou tudo igual no segundo tempo, mas o volante Alê colocou o América na frente de novo.
Com a entrada de Mateus Vital no meio e a estreia de Marlon na lateral-esquerda, o Cruzeiro, como era esperado, tomou a iniciativa e teve mais posse de bola no início do jogo. Logo aos 4’, a bola sobrou para Bruno Rodrigues. Da entrada da área, o camisa 9 bateu forte e acertou a trave. O América administrava a partida como podia. Aos 16’, Mateus Vital, da linha de fundo, chutou cruzado para a área e Matheus Cavichioli apareceu de novo. Boa intervenção do arqueiro americano.
A bola ficava pouco nos pés do Coelho, o que deixava Vagner Mancini extremamente irritado. Não bastasse ficar pouco com a pelota, quando a tinha nos pés, os jogadores erravam muitos passes. Com 24 minutos de jogo, o América, que apostava em lançamentos que davam em nada, não havia finalizado ao gol de Rafael Cabral.
O que era ruim para o time de Paulo Pezzolano ficou terrível quando, aos 32’, o atacante Aloísio bateu falta com perfeição no cantinho direito de Rafael Cabral. Na primeira finalização do Coelho, a bola descansou no fundo da rede para o desespero da equipe cruzeirense. Antes que o árbitro André Luiz Bento apitasse o fim da primeira etapa, Aloísio quase fez mais um, mas a bola tocou a rede pelo lado de fora.
O gol esfriou o ímpeto do Cruzeiro. As tentativas da Raposa paravam no bloqueio do adversário ou na falta de pontaria e eficiência de seus jogadores. O primeiro tempo terminou em tons distintos: sorrisos e aplausos do lado americano, vaias na arquibancada celeste.
Segundo tempo
Também era esperado que o Cruzeiro voltasse para a etapa final buscando o gol desde o primeiro minuto. Wallisson teve duas chances, mas nada de empurrar a bola para a rede. Cavichioli segurava a meta americana sem grandes sustos. A Raposa continuava insistindo em lançamentos equivocados e o América, quando tinha a bola, aproveitava o crescente nervosismo do Cruzeiro para cozinhar a partida como lhe interessava.
À medida que o tempo corria, mais ansioso e improdutivo ficava o time de Paulo Pezzolano. Em muitos momentos, o que a equipe celeste escutava eram as vaias vindas da arquibancada. Desgosto total da China Azul. Do lado americano, Vagner Mancini rodava o time com substituições – foram cinco ao todo.
Mal em campo, a Raposa acabou empatando aos 31 minutos. Após cruzamento de Marlon, Lucas Oliveira raspou a cabeça na bola e colocou a redonda no canto esquerdo de Cavichioli. O VAR precisou confirmar o gol depois de alguns minutos de paralisação.
O 1 a 1 no placar não durou muito. Nos últimos minutos de jogo, o volante Alê recebeu a bola na entrada da área e chutou no canto de Rafael Cabral. A bola ainda tocou na trave antres de entrar. Sétima vitória consecutiva do América sobre o Cruzeiro, terceira somente em 2023. Agora, o Coelho pensa na final contra o Atlético. A Raposa, de Paulo Pezzolano, lamenta a eliminação e recolhe os cacos de mais uma derrota para o rival.
Ficha técnica
América 2 x 1 Cruzeiro
Motivo: Jogo de volta da semifinal do Campeonato Mineiro
Data: Domingo (19), na Arena Independência
Árbitro: André Luiz Skettino Policarpo Bento
Assistente 1: Celso Luiz da Silva
Assistente 2: Pablo Almeida Costa
VAR: Vinicius Gomes do Amaral
Quarto árbitro: Erik Giovanni Fernandes
Cartões amarelos: Lucas Oliveira, Reynaldo (Cruzeiro; Benítez (América)
Gol: Aloísio (América), aos 23 minutos do primeiro tempo; Lucas Oliveira (Cruzeiro), aos 31 minutos do segundo tempo, e Alê (América), aos 44 minutos do segundo tempo
América
Matheus Cavichioli; Arthur, Iago Maidana, Ricardo Silva e Nicolas (Danilo Avelar); Alê, Juninho e Benítez (Emmanuel Martínez)l; Matheusinho (Everaldo), Felipe Azevedo (Marlon) e Aloísio (Henrique Almeida)
Cabral, Lucas Oliveira, Reynaldo, Marlon e Kaiki (Stênio), Filipe Machado, Wallisson (Ramiro) e Mateus Vital (Daniel Júnior); Wesley (Juan Christian), Bruno Rodrigues e Gilberto