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Advogada é presa tentando passar serra para detento em Governador Valadares

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Um agente penitenciário flagrou, na manhã da última sexta-feira (12), o momento em que uma advogada de 38 anos tentou passar uma serra para um dos detentos que era atendido por ela, no Centro de Remanejamento de Provisório (Ceresp) de Governador Valadares, na região do Rio Doce. A suspeita foi presa, mas acabou liberada na delegacia após prestar depoimento. As informações são do jornal O Tempo.

A reportagem do O Tempo, teve acesso ao registro feito pela polícia penitenciária, que indicou que a advogada chegou ao parlatório (local onde os presos conversam com os seus defensores) por volta das 10h35 supostamente para atender seus clientes.

O agente penitenciário entrou no local cerca de 5 minutos depois da chegada dela, para verificar se todos os presos já estavam no local, mas acabou percebendo que a mulher estava debruçada sobre a bancada e manuseando um objeto, que era empurrado pelas frestas da grade que a separava do detento.

“O servidor questionou a advogada sobre o que seria o objeto. Ela ficou sem palavras e deixou o objeto entre as grades, momento em que o Policial Penal retirou o objeto verificando ser uma serra tipo segueta”, detalha o registro.

A advogada então argumentou que a serra estava envolvida em fita crepe e, por não saber o que seria o objeto, estaria puxando para retirá-lo da grade. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi acionada para acompanhar a prisão em flagrante da suspeita.

Procurada pela reportagem, a Polícia Civil (PC) informou, por meio de nota, que a advogada e o detento, de 32 anos, foram encaminhados para a Delegacia de Plantão da cidade, onde foram ouvidos.

“O delegado plantonista lavrou Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), por se tratar de crime com pena máxima de 1 ano, previsto no artigo 349, alínea a, do Código Penal, liberando os suspeitos em seguida. O caso foi encaminhado ao Juizado Especial Criminal”, completou a instituição policial.

Celulares no banheiro

Ainda conforme o registro dos agentes penitenciários, a advogada ficou sob custódia dos policiais penais, na sala da OAB, e, após algum tempo, pediu para usar o banheiro.

Antes de autorizar sua ida, as agentes revistaram todo o banheiro e não constataram nada, autorizando então que a mulher fosse até o local. Entretanto, depois que ela deixou o cômodo, uma nova vistoria localizou dois celulares escondidos dentro de um desentupidor.

Ainda no registro policial, os agentes detalham que, quando a advogada chegou, ela passou pelo detector de metais que fica na entrada da unidade, e que um sinal sonoro foi emitido pela máquina.

“Foi solicitado pela policial penal que a advogada passasse novamente pelo detector, sem o relógio que estava utilizando, e, novamente, foi emitido sinal sonoro pela máquina, momento em que a advogada informou que teria em seu ombro direito três pinos de platina, devido a uma cirurgia, mostrando a cicatriz”, complementa a ocorrência.

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