Editorial - Opinião sem medo!
Acabou as inaugurações; digo propaganda eleitoral
O dia 15 de agosto marca oficialmente, no novo calendário eleitoral, como o último dia para que os nobres políticos possam comparecer em inaugurações e até mesmo contratar shows para a entrega das obras. Como a pandemia não permitiu os shows dos artistas, ficou a cargo dos políticos serem as atrações nas inaugurações.
Claro que em Nova Serrana o prefeito até mesmo deu suas palinhas, tocando e cantando, promovendo a cantoria em pelo menos uma das muitas inaugurações realizadas. Que foram feitas “para o bem da população”.
Os políticos, “nobres” e altruístas, não podem mais neste ano, até que se encerre o período eleitoral, realizarem suas “propagandas eleitorais”, ou melhor “suas inaugurações”. Na verdade, o que temos é o fim das principais propagandas que sã atreladas aos políticos que estão atualmente à frente do poder legislativo e executivo.
Em Nova Serrana, a gestão que prometia ser a do novo tempo, trouxe um pouco mais dos mesmos artifícios que Paulo Cesar, Joel Martins e tantos outros; usam no último ano de gestão, as artimanhas viabilizadas pela máquina administrativa para persuadir o eleitor.
Aos montes, as obras são entregues até mesmo sem funcionalidade. Nas ruas que foram asfaltadas, até a pintura da calçada foi copiada do prefeito pintor de meio fio. E novamente, as inaugurações são usadas para convencer o eleitor de que grande parte da incompetência política administrativa não passou de ataques políticos.
Apesar de parecer, não estamos atacando Euzébio, estamos atacando todos que usam das inaugurações para fazer campanha eleitoral. Tudo bem que a legislação permite que tal fato ocorra, mas se isso não é aproveitar das brechas para se promover em ano eleitoral, não sabemos mais o que pode ser.
No legislativo, que está mais do que queimado no meio popular, chegou-se ao absurdo de cobrar ciúmes pelo nome não estar na placa da obra, o executivo foi criticado por não convidar a todos os edis, para descerrar as placas e compartilhar as fotos com os “papagaios de inaugurações”, ou seja, vereadores, para se tornar assim as propagandas que poderiam salvar alguns votos.
Até mesmo o “aclamado deputado”, se rendeu a necessidade de posar nas inaugurações, caso ele contrarie nosso colunista Osvaldo de Évora e aceite entrar na labuta eleitoral, o fará depois de ter saído nas fotos das inaugurações com o seu possível concorrente.
E por falar em concorrente, de todos os lados, surgem especulações e informações plantadas, afinal de contas, até mesmo a estapafúrdia promoção pessoal nada imparcial, foi feita pelo cientista político, para quem sabe plantar a patroa nessa celeuma de egos, vontades e vaidades.
Nessa briga, os que não tem condição ou poder de posar ao lado do chefe executivo, nas propagandas eleitorais, digo, nas inaugurações, ficam se remoendo de inveja, criticando os fatos, as obras, fazendo vídeos sem produção ou edição, para criticar aquilo que tardiamente foi feito com mérito.
Partindo daí, lamentamos ainda mais o cenário político que se constrói em nossa cidade, uma vez que, os que pretendem ocupar o cargo com o discurso de renovação, mal tem subsídio e conhecimento para pensar e promover seus nomes de uma forma, talvez não original, mas diferente.
Chegando a esse ponto, questionamos: será que a renovação vai acontecer?
A resposta pessimista que temos é que efetivamente, nem no executivo tanto quanto no legislativo, nada de tão bom, que já não seja conhecido, vem por ai.
Teremos assim após esse período de campanha eleitoral, ou melhor inaugurações, nomes sem grandes propostas e projetos; sem grandes ideias e sem condição de conteúdo até mesmo intelectual para promover a diferença e renovação que tanto sonhamos.
Para finalizar e sermos assim com certeza excomungado por todos, no final da história, tanto Bolsonaro quanto Lula, como gestores tem seus interesses à frente do bem popular. E assim será em nossa cidade. Os prefeitos continuarão a fazer a mesma política pobre, sem conteúdo e embasadas em promessas; os vereadores continuarão tentando se eleger na aba dos políticos de renome, e gastando dinheiro com cerveja, telhas, saco de cimento e assistencialismo, ou discursos baratos de quem jura que vai fazer a diferença, mas sequer consegue sair bem na foto, sem puxar o saco do chefe, do passado, presente ou do futuro.