Assédio sexual
Abuso Sexual: Pais de coroinha que teria sido vitima de abuso sexual de ex sacristão pedem justiça
Em Nova Serrana uma caso de abuso sexual cometido por um sacristão contra uma criança de 11 anos que atuava como coroinha chegou a mídia e chocou a população. (Leia a matéria referente a denúncia Clique Aqui)
Diante da gravidade do fato, por meio da reportagem da Rádio 96 e do jornalista Vagner Henrique, o Jornal O Popular ouviu os pais da criança, que narraram os fatos como ocorreram os fatos e ainda pediram que justiça seja feita.
Segundo informou os pais o acusado se aproximou da família se colocando a disposição para levar o filho até a reunião dos coroinhas, quando os pais não tivessem a disposição.
Assim aos poucos a família pegou confiança no sacristão, contudo na semana do dia 28 de fevereiro, a criança afirmou para os pais que não queria mais ir até as reuniões dos coroinhas, o que a família estranhou, uma vez que o filho era muito fervoroso.
“O meu filho falou que não queria ir a última reunião, foi quando ele me contou. Ele veio mostrando muita mudança, dando crises de choro, se batendo, não dormindo só, então foram muitas mudanças, mas até então não sabíamos o que estaria causando estas mudanças. Ele chegou a pedir psicóloga, que ele faz acompanhamento até hoje e dai achamos que era outra coisa que poderia estar acontecendo. Só que foram muitas mudanças. Ele toma remédio de dormir, de ansiedade, até engordou muito, e então depois veio passar pra mim o que estava acontecendo”. Disse a mãe.
De acordo com a mãe no dia que descobriram os abusos “o pai dele (da criança) tinha ido trabalhar, não estava em casa, era dia de reunião lá na igreja, na torre, para fazer a escala do mês para os coroinhas atuar, e ele falou que não iria. Eu achei estranho porque ele sempre teve muita vontade de ir, então questionei e falei que tinha que ir, porque era uma responsabilidade. A pessoa (o suspeito) falou que viria buscar ele em minha casa, eu pedi que meu filho tomasse banho e se trocasse então ele deitou, eu achei estranho, mas ele concordou em ir até a reunião. Eu estava fazendo o serviço de casa na cozinha e meu filho chegou e falou que não iria”.
A mãe com a negativa do filho então continuou e insistiu no questionamento para entender o que estava acontecendo. “Eu então questionei meu filho do porque que ele não iria, e ele então falou que não iria com o suspeito. Eu perguntei o porque, afinal ele sempre gostou de ir, e ele falou que não estava gostando do que o suspeito estava pedindo para ele fazer em sua casa”.
Seguindo no dialogo a mãe afirmou que o filho narrou “no primeiro momento que o suspeito pedia para ele fazer massagem nas pernas e nas costas, naquele instante eu mandei ele pegar o celular e mandar mensagem para perguntar o suspeito se ele estaria vindo, a pessoa respondeu que já estava na rua vindo para buscar ele, e orientei ele a falar com o suspeito que não iria mais porque tinha acontecido um imprevisto”.
Após dispensar a “carona do amigo”, a mãe seguiu no dialogo com o filho. “Depois disso que conversei com meu filho e questionei se o que tinha acontecido teria sido somente as massagens, ele em primeiro momento falou que tinha acontecido somente as massagens. Eu e o pai dele fomos até o padre Hélio que nos atendeu na secretaria, que falou que isso era algo muito sério que não deveria ter acontecido, que somente de pedir para pegar no dedo do pé dele já não deveria ter acontecido”.
Diante do fato exposto, o padre foi até a sua casa dar suporte a família e apurar o que de fato vinha acontecendo. “O Padre Hélio ficou de vir em nossa casa conversar com nosso filho, ele veio conversou com meu filho a sós, depois sentamos todos na sala e ele perguntou ao meu filho se ele contou tudo mesmo que aconteceu para nós, porque tínhamos que estar por dentro de tudo que aconteceu para tomarmos a decisão certa, seja denunciar ou não”.
Após conversar com nosso filho, o fato foi finalmente todo revelado. “Ai o Padre perguntou ao meu filho se ele queria contar ou se o padre poderia começar contando, meu filho falou que o padre poderia contar, foi então que ele contou que não tinha sido só as massagens que tinha ido mais a fundo, e que a decisão como padre, pároco já estava tomada, que seria a demissão e o desligamento da pessoa de tudo que ele fazia parte na igreja, e isso foi feito. Ai ele falou que decisão de denunciar a justiça era dos pais e foi isso que fizemos”. Contou a mãe.
Justiça
“Os fatos causam muita indignação. Imagina você tem um filho que é muito dedicado no que faz, e não espera por uma coisa dessa. Por conta de ser uma pessoa de dentro da igreja, passa confiança pra gente e acontece uma coisa dessa. Isso causa muita indignação, denunciamos a justiça e esperamos que não seja mais um caso guardado na gaveta, que não demore anos e anos, que seja feito justiça.”