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A politicagem começou e quem perde com isso?

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Minas Gerais, a terra em que o governador a pouco mais de três anos, era um empresário bem sucedido e que não almejava grandes aspirações políticas vem passando por um processo político muito diferente do que se imaginava há anos atrás.

Depois de uma hegemonia absoluta do PSDB por 12 anos, e a decadente gestão do PT na administração passada, o Estado refutou a política tradicional, e com sua tradição de eleger e promover grandes políticos para o cenário nacional, em massa colocou Romeu Zema no poder.

Por sua vez o Governador que já confessou não esperar ter sido eleito da forma como foi, vem sendo um gestor que enfrenta a crise financeira deixada em Minas, e paralelo a isso, teve que lidar com todas as dificuldades trazidas pela pandemia.

Claro que não somente Zema, mas governadores e prefeitos de todo o país lidam diariamente com a falta de recursos e estrutura para o combate a pandemia, mas se tratando de Minas a situação era bem mais áspera, com um rombo de verbas da saúde e pagamentos de servidores atrasados, a relação entre Estado e Municípios era desgastada ao extremo.

Pois bem o Governador não só vem fazendo um trabalho positivo como também amadureceu seu conhecimento e atuação política, e justamente por isso, por não ser mais um azarão, por não ser mais uma aposta ou voto de protesto, já caminha claramente trabalhando por uma reeleição.

Tudo bem o NOVO não defendia essa postura, mas, tudo muda quando se está no poder, até mesmo a filosofia partidária, e se tal não sofre mutação, nada impede o atual governador de apenas trocar de legenda.

O problema central é que não somente o Popular percebe que o atual governador caminha em busca da reeleição, os deputados e demais partidos e políticos também obtêm essa percepção e dai começa o que todos os populares honestos odeiam na política, a politicagem envolta do jogo de interesses.

Alexandre Kalil que passou todo o período de pandemia em atrito direto com o Governo de Minas já deixou claro que almeja o Governo do Estado. Outros políticos e legendas mineiras também têm interesse direto na cadeira executiva mineira, mas como isso tem afetado diretamente a vida do mineiro? É simples, o dinheiro que poderia mudar a cara do Estado está sendo travado.

Sim a maior indenização já recebida pelo Estado, em um acordo judicial com a Vale, pela tragédia de Brumadinho, pode e vai mudar a cara de Minas, e isso não tem agradado muito aqueles que desejam dificultar a vida do governador ou simplesmente promover seu nome com o dinheiro que será derramado em Minas.

Serão mais de R$ 30 bilhões que serão aplicados em hospitais, estradas, infraestrutura. Isso promoverá geração de emprego, renda, saúde, isso vai interferir diretamente na minha e na sua vida, e só ainda não aconteceu porque se tem o desejo de prorrogar e atrapalhar a execução destas obras para que esse recurso não seja posteriormente um fator que agregue valor a gestão do atual governador.

A politicagem também se instaura quando o assunto é direcionamento de bens e recursos para os municípios, já que, cada político tem lutado arduamente para que a sua fatia, ou melhor, a fatia destinada para sua região, seja revertida em votos nas urnas.

Após um rombo nos cofres públicos, em uma gestão que herdou problemas do PSDB, e literalmente desandou o queijo na gestão do PT, é possível vislumbrar uma recuperação econômica e estrutura para o Estado, mas isso não é necessariamente o que todos querem afinal de contas, as mazelas sociais são a melhor moeda de troca por votos que os políticos fracos e antiquados podem ter.

O grande problema, no entanto, é que, isso tem se tornado nada mais nada menos do que um atraso de vida para uma população que necessita de intervenções da gestão executiva para que assim possamos voltar a ser um estado que tem um desenvolvimento a altura de seu povo trabalhador e de sua história.

Para finalizar queremos deixar dois pontos em destaque, o primeiro é que se não houvesse tanta politicagem o hospital regional já estaria funcionando e com isso, provavelmente a situação da pandemia em nossa região já estaria muito, mas muito evoluída quanto a resolutividade.

A segunda é que apesar de em alguns momentos ter deixado a entender, não defendemos Romeu Zema, em sua gestão houveram erros e acertos. O ponto chave aqui é que não podemos simplesmente ver a politicagem atrasar o desenvolvimento mineiro simplesmente para não “beneficiar”, o executivo que está no poder.

Essa ação política tem custado vidas, tem custado pão na mesa de muita gente, tem dificultado a melhoria de nossa qualidade de vida, e no fim das contas, temos que lembrar muito bem desses fatores quando formos às urnas em 2022.

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