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Editorial - Opinião sem medo!

A política nossa de cada dia!

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Há aproximadamente doze anos, em um diálogo com um de nossos ilustres amigos, lá pelas portas do Bar do Pisquila, a conversa em pauta era justamente a política de nossa cidade.

Com um cenário totalmente centrado na atuação de dois grupos políticos, e ainda, com o executivo mandando e desmandando no legislativo, o sonho do nosso colega era que em Nova Serrana se tivesse uma Câmara atuante na política como acontecia em cidades vizinhas.

Anos e anos depois nosso amigo doutor finalmente pode conferir de perto um cenário político cada vez mais instável, e agora, com protagonismos trocados e uma submissão dos membros do legislativo completamente volúvel. Vamos então dissertar sobre o assunto.

Nossa política atualmente vive em torno de dois protagonistas: Fábio Avelar e Euzebio Lago.

Joel Martins e Paulo Cesar, foram para o limbo, são figuras importantes em nossa história, mas atualmente podemos limitar a atuação dos ex-prefeitos, como uma boa fonte de consulta sobre as jogadas do jogo do poder.

A labuta entre Fábio e Euzebio será nos próximos episódios um fato a ser observado, e esse filme trará ainda muitas emoções. Vejam, na solenidade de posse do legislativo e do prefeito e vice reeleitos, Fábio que foi convidado no apagar das luzes e praticamente por obrigação não compareceu ao evento.

Como resposta a desfeita, o prefeito, mesmo com seus mais de 20 mil votos, não conseguiu sequer firmar maioria na Câmara, e assim viu a presidência da casa no primeiro ano escorrer entre os dedos.

Agora na última segunda-feira, foi a vez o chefe do executivo ser deixado de lado, e a festa foi marcada pela entrega de viaturas para a Polícia Militar, seis para ser exato. Os veículos adquiridos com emenda parlamentar na ordem de R$500 mil, destinadas por Fábio Avelar, irão atender toda a população de Nova Serrana.

No evento em que sequer houve representante do executivo, afinal, se o pai não é chamado os filhos não são bem vindos, faltaram até mesmo os vereadores da base, ou melhor, faltaram três dos cinco da base.

E aqui é impossível não alfinetar. A base que já deu dor de cabeça, votando na reunião das comissões contrário ao projeto de seu senhorio, de revisão dos índices de reajuste do salário do servidor municipal, agora teve dois dos cinco, posando ao lado de Fábio Avelar e sua trupe, na solenidade de entrega das viaturas.

Parece que nesse momento, a base de cinco mostrou predisposição para se tornar um grupo de três, e a articulação do gestor que foi votado com o maior número de votos na história de Nova Serrana, segue comprometida com a mesma incompetência da gestão passada.

Sendo franco, todo esse desalinhamento entre os maiores nomes da política, só pode significar uma coisa, provavelmente teremos uma briga na cidade no próximo ano para o pleito de deputado.

Se olharmos para os sinais isso fica bem claro, a não ser que o atual gestor entenda que em três anos a aposentadoria da política seja um bom negócio. O que particularmente, no exercício do bom achismo duvidamos e até justificamos.

Após uma eleição pífia no legislativo, e com uma votação tão expressiva no executivo a atual gestão precisa e muito de fidelizar os seus, se o objetivo é uma disputa no legislativo estadual, e dai talvez se explica os novos comissionados, como por exemplo, Sandro Moret como chefe de esportes especializados, sem ao menos ter experiência na área, além de tantas outras ações que são muito pouco compreensíveis.

De outra forma, tudo que pensamos dessa política nossa de cada dia, está completamente errado e completamente sem norte, ou rumo. Na Câmara toda relação com o prefeito vai bem obrigado e para o próximo pleito, Euzebio pode apoiar Jadir Chanel para deputado estadual.

Jadir é um nome, absolutamente insignificante para uma eleição desse porte, afinal mesmo com tanta visibilidade Jadir sequer se reelegeu ao cargo de vereador, não foi nomeado em nenhuma secretaria, e o apoio do prefeito seria um muito obrigado, por toda submissão prestada nos quatro anos de legislativo.

Sim essa hipótese é ridícula, e por isso mesmo que nessa política nossa de cada dia, junto com todos os desencontros e pistas pescadas, acreditamos que teremos uma briga municipal no próximo pleito estadual.

Para Fábio, já consolidado em outras cidades é um cenário favorável – para Euzebio, é um tiro no escuro, que pode se tornar um tiro no pé já que no último pleito municipal não enfrentou ninguém realmente preparado para a eleição, e essa falsa ilusão de vitória massiva, pode se tornar um soco no queixo difícil de esquecer ou levá-lo a nocaute.

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