Editorial - Opinião sem medo!

A lambança que se tornou a política de Nova Serrana

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Quando se pensa que vivenciamos de tudo na política de Nova Serrana, novos fatos acontecem e mostram que o bizarro é apenas algo que está por vir. Sim, mais uma noite pela qual vamos lembrar, ocorreu no legislativo de Nova Serrana, e por mais uma vez a ingerência e falta de senso da administração da casa causou o desgaste de uma imagem moral que já está afogada na lama.

Para começar vamos no entanto nadar de braçada em um termo que foi protagonista das falas dos edis recentemente. Na verdade este é um termo que poucos vereadores sabem exatamente o seu significado.

Muito tem se falado da tal imoralidade, e para definir bem o que isso quer dizer vamos trazer a tona a revelação do sábio google, imoral significa portanto: contrário à moral, contrário às regras de conduta vigentes em dada época ou sociedade ou ainda, àquelas que um indivíduo estabelece para si próprio.

Nessa parte da definição então temos a orientação para os nossos nobres edis que imoralidade é ir contra as regras, contra as regras de conduta vigente, e assim sendo será que temos muitos atos morais no legislativo?

Pelo menos nesta legislatura podemos questionar isso com toda certeza!

Em uma legislatura onde seis são “cassados”, por outros sete assistiam os fatos acontecendo e não tomavam publicamente nenhuma postura, não podemos dizer que há tanta moralidade assim na Eclésia Casa.

Entre os sete, quem denunciou foi outro que assumiu pratica de crime, que tinha debaixo de seu telhado, ou melhor dentro de seu gabinete, o nepotismo sendo tratado como um bichinho de estimação, bonitinho, amável, afável, até que digam o contrário.

As denúncias vieram e por meio delas veio o TAC, onde se admite que cometeu um crime, mas não se responde plenamente pelo mesmo.

Seguindo nesse raciocínio temos aqueles que vem sendo questionados por consumo de bebidas alcoólicas, que se apresentam alterados nas reuniões e mancham a imagem que já não é nada limpa, pelas suas falas nas redes sociais.

Há quem observe e veja nos bastidores possíveis irregularidades sendo cometidas e nesse sentido, ao invés de expor de onde vem o odor, colocam flores pelos corredores da casa para tentar maquiar a podridão que se instaura.

O processo de cassação caminha de forma morosa, algumas comissões nem sequer sabem como agir, mas isso, é incubado pelo belo discurso político, só não deixa de ser imperceptível para quem tem a curiosidade de perguntar:

Porque não tomaram uma atitude há mais tempo?

Parece que a cassação não caminha porque o telhado de muitos é de vidro, e quem não tenha cometido nenhum pecado, que atire as pedras. Nesse sentido Willian Barcelos até atirou algumas, apresentou denúncia embasada e bem construída, mas isso não tem valor em uma casa que está sendo chamada como repartição do executivo, não por nós, mas foi o que quis dizer um dos próprios vereadores em reunião passada.

Como se não fosse o bastante, temos seis suplentes, que agregam para a política de nossa cidade de forma muito peculiar, dois se opõe de forma clara, um age com inteligência e forma mais neutra, outros três se tornaram públicos bajuladores do executivo, e aqui fazemos nossa crítica, assistam pelo menos as reuniões do último mês e nos falem se algo de construtivo foi levado a plenário pelos colegas da base a não ser a bajulação às vésperas de período eleitoral e “cobranças” feitas com a resposta debaixo do braço.

Caminhado para o fim, não dos tempos, mas sim deste editorial, chegamos ao bizarro fato de que na última reunião o vereador Cabral deixou a reunião. O fato de ter abandonado o plenário com autorização do presidente não é o que espanta. Particularmente diante dos devaneios e autoritarismo que se percebe nas ações recentes da presidência isso já era esperado.

O que nos espanta é que, foi publicamente colocado por um vereador que o poder independente da Câmara, está comprometido com os mandos do executivo, e após o colega abandonar a casa, a discussão se deu no âmbito de emprestar ou não um carro para o executivo.

A presidência pode atropelar o regimento e voltar atrás, ela pode emprestar e deferir sobre o ambiente administrativo da Câmara, a única coisa que ela não pode fazer é ser submissa ao poder que deveria caminhar lado a lado com ela.

Os vereadores que ficaram em plenário fingiram não ter ouvido o que disse Cabral. Nós por outro lado ouvimos em auto e bom tom. Anotamos e fazemos questão de reverberar esse fato, afinal de contas, se a maior parte dos vereadores não sabem o que é moralidade e independência, nosso papel é levar isso a população que, sabe o peso destas palavras e nas urnas irá cobrar o valor, pela lambança, ou lamaçal que se tornou a política em nossa cidade.

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