Editorial - Opinião sem medo!
A grama do vizinho é sempre mais verde!
Na edição desta quarta-feira do jornal O Popular, trazemos em nossa capa uma matéria relacionada a redução da criminalidade em nossa cidade. A mesma aponta através de dados uma redução relevante quanto ao número de ocorrências de crimes violentos em Nova Serrana.
Como não da primeira vez que abordamos esse assunto, já temos de antemão alguns questionamentos que sempre são feitos sobre esse tipo de pauta.
Assim sendo queremos abordar dois fatos, o primeiro que expõe uma série de pessoas que parecem ter prazer em ver notícias negativas e ficam no mínimo motivados a duvidar e questionar a veracidade de boas notícias relacionadas aos crimes.
Se você leitor se encaixa nesse grupo, pedimos que repense seus conceitos, afinal, alguns títulos não trazem relevante reconhecimento, ou mérito para nossa cidade, e sendo assim, você não deveria se orgulhar pelo fato de termos uma cidade com altos índices criminais.
O segundo grupo de pessoas são aqueles que sempre acham que o quintal do lado é mais bonito, a grama é mais verde e o que temos em mãos é sempre inferior ao que nossos vizinhos manuseiam.
Abordando primeiro sobre aqueles que não acreditam, ou melhor que apostam que os dados são forjados, mentirosos ou algo nesse sentido, queremos aqui informar que, se você gosta de ser visto de forma pejorativa não deveria fazer o mesmo com a sua cidade.
Em Nova Serrana, empresários, operários, trabalhadores, estudantes, donas de casa, pais de família dão duro todo dia para que possam construir uma cidade melhor, para que tenham uma melhor condição de vida e para que isso aconteça o sentimento social de uma cidade mais segura é necessário.
É necessário que nós cidadãos tenhamos fé no sistema de segurança, que cooperamos para que ele seja cada dia mais incisivo e que como consequência de sua operãncia os índices criminais sejam reduzidos.
Apesar de convivermos com notícias de mortes e assaltos, se analisarmos mais friamente vamos perceber que mudanças sim estão acontecendo quanto ao perfil social de nossa cidade. É claro que a criminalidade não é extinta, e muito provavelmente não é reduzida na velocidade que desejamos ou que entendemos ser necessária, mas não podemos por isso ignorar o fato de que algo de bom está acontecendo.
Já para o segundo grupo, queremos te informar que nossa grama também é verde e a maçã de nosso quintal enche os olhos dos outros de desejo.
Nosso jornalista Thiago Monteiro reside em Divinópolis e diariamente vem para nossa cidade para prestar os seus serviços. Thiago faz essa peregrinação já há alguns anos e o mesmo traz uma perspectiva completamente diferente.
Claro que a maior cidade da região tem um desenvolvimento social melhor do que o de Nova Serrana, contudo, pelos lados de lá também existem problemas sócias e a violência tem sido um agravante para a cidade que antes era vista apenas pelo desenvolvimento.
Assaltos, homicídios, estelionato, desemprego e bairros com infraestrutura precária são apenas alguns dos problemas encontrados pelos lados de lá que também são vistos por aqui.
Se a segurança em Nova Serrana é questionável, os índices criminais em Divinópolis estão crescendo de forma assustadora, homicídios e assaltos estão se tornando algo normal na rotina do divinopolitano, que por sua vez, um grande número sai de sua cidade pela manhã e busca trabalho na capital do calçado.
Tudo bem, Divinópolis tem cinema, tem shopping, tem espaços culturais, mas nós temos que ter um olhar mais apurado para o que construímos aqui.
A criminalidade vem sendo reduzida, a cidade vem desenvolvendo e se passarmos a sermos mais cooperativos e emprenhados no desenvolvimento de nossa cidade em todos os setores sociais vamos perceber que, temos um tesouro em nossas mãos, basta acreditarmos, cooperarmos e valorizarmos nossa cidade.
Se você acredita que a grama do vizinho é mais bonita acredite, por lá existem tantos problemas como por aqui, basta a nós valorizarmos o que acontece de bom em nosso município e paramos de supervalorizar tudo que acontece em nosso entorno.