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A diferença entre o analógico e o digital

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Algumas empresas estão substituindo seus executivos ou funcionários tidos como “analógicos” por profissionais mais preparados no mundo cada vez mais digital.

Realmente, na paisagem das cidades percebemos as mudanças que a tecnologia tem promovido. Nada é mais obsoleto que um Orelhão! No mundo de hoje este equipamento instalado em vias públicas chegam a incomodar a quem passa com a cara enterrada nos smartphones.

Num passado recente, lembro das fichas, cartões magnéticos e as filas que enfrentei para falar com “minha amada”, que morava longe e nem por isso perdi a paixão. O velho talão de estacionamento está cedendo lugar aos cartões digitais e confesso que há muito tempo não vejo uma nota de cem reais pelo simples uso do cartão bancário. Acho que as tendências estão perdidas e em seu lugar estamos vivenciando transformações.

Atendendo às novas demandas de mercado, grandes empresas estão testando o conhecimento digital da diretoria e o resultado não está sendo nada positivo: apenas 22% dos executivos tem conhecimento digital. Ou seja, quase 80% não fazem ideia de como interagir com as novas tecnologias.

A solução? Para muitas dessas empresas (até as familiares), substituir os executivos por profissionais mais preparados é fundamental para a competitividade e crescimento. Esqueceram que foram eles os responsáveis pela geração dita como mais capacitada. Mas tenho a dizer um ditado antigo (ou analógico), que pode ser usado nos dias de hoje: “tudo o que é demais, sobra!”

Particularmente eu adoro a novidades tecnológicas. O Netflix me ajudou a ficar livre da programação enlatada das redes de TV abertas ou a cabo. Os aplicativos estão encurtando e facilitando nossos acessos e nos livrando de operadoras enfadonhas.

Êpa! Tá tudo certo, mas está esquisito: onde estão as livrarias? Nossa falta de preparo para absorver a tecnologia está criando situações complicadas.

Recentemente o mundo tomou conhecimento, que as redes sociais estão transformando seus usuários. De consumidores nos tornamos produtos e nossas informações pessoais vendidas indiscriminadamente sem nosso conhecimento ou permissão.

Hoje somos a maior e mais digitalizada massa de manobra na história da humanidade e não nos importamos. Nossa capacidade racional é avaliada pelo conhecimento digital e não humano. Nossas emoções são manipuladas e nossos valores modificados sem que percebamos isso.

O estado de reflexão virou emersão em cursos que ensinam como ganhar dinheiro, como se isso fosse realmente a felicidade. A conquista pelo bem material substituiu a vontade do encontro, do abraço fraterno, das palavras de ternura ou a companhia de amigos leais.

Estamos deixando de ser pessoas normais e nos tornando “influenciadores” (de acordo com a doutrina digital). Será que somos felizes assim? Será que agir com inteligência é supérfluo e deixar as máquinas digitais pensarem é o melhor que podemos ter?

As metas de ter um carro novo viraram objetivos. Viajar em boa companhia cedeu lugar para a solidão. E nas relações humanas? As pessoas querem ter o máximo de relações ao invés da qualidade que elas oferecem. É como descartar produtos de qualidade vencida que não nos atendem mais.

A pergunta é simples: “será que estamos agindo certo?” A resposta é mais complexa: “estou realmente encontrando a felicidade?” Caros amigos, sou absolutamente analógico. Analógico no abraço, no beijo, no sorriso, na alegria e na companhia. Sou analógico na ternura, no carinho e nas relações que tenho.

E para finalizar, minha natureza vale mais do que as infinitas sugestões de pessoas ou mensagens que recebo. Sou analógico… Mas sou feliz!

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