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Belo Horizonte

‘A cena não sai da minha cabeça’: Casa desaba e causa 3 vítimas em Belo Horizonte

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Ao olhar pela janela de casa, Ana Paula Pereira, 41, agora lembra da cena que descreve como "o maior desastre que já presenciou" - Foto: Flávio Tavares / O TEMPO

A cuidadora de idosos Ana Paula Pereira, 41, estava estendendo roupas no varal quando presenciou o que ela descreve como o pior desastre de sua vida. “Na hora, nós ouvimos um estralo. Quando paramos para olhar, era o prédio que estava vindo em câmera lenta, caindo de baixo para cima, e uma dona na janela pedindo socorro”, relembra.

Ana é vizinha da casa onde, no último sábado (28 de dezembro), três mulheres faleceram após o desabamento de um imóvel de dois andares no bairro Paraíso, na região Leste de Belo Horizonte. As vítimas eram da mesma família e moravam na mesma casa: Tânia e Meury, mãe e filha, que viviam no andar de cima; e a cunhada de Tânia, Maria de Fátima, e seu filho, Paulo Tarso – que estava no trabalho no momento do desabamento – que moravam no andar de baixo.

Desde o dia da tragédia, Ana não consegue tirar da cabeça a imagem e o som do que presenciou. “Foi uma cena muito triste, devastadora, que não saiu da minha cabeça. Estou sem conseguir dormir direito, porque nunca imaginei que veria uma tragédia dessas de perto. Eu vi uma pessoa na janela pedindo socorro e não pude ajudar. Não pude ajudar. Meu psicológico está bem abalado, mas estou rezando para que Deus as acolha em um bom lugar e dê estrutura à família, porque é muito triste”, afirma.

Além de presenciar a cena, quando o resgate chegou, Ana teve que reviver o momento da queda para tentar ajudar nas buscas. “Muito triste também foi ter que acompanhar o resgate, eles me chamando para perguntar onde vi ela gritando, e eu falando, e eles tentando localizar os corpos. É uma tragédia muito, muito grande. Não tem como ficar descrevendo”, destaca.

A família agora tenta superar a cena, tarefa difícil, já que, ao olhar pela janela de casa, os escombros da tragédia continuam visíveis. Ana e a família aguardam que eles sejam removidos, com o devido respeito às vítimas.

Foto: Flávio Tavares / O TEMPO – Com informações de O Tempo: https://www.otempo.com.br/cidades/2024/12/30/a-cena-nao-sai-da-minha-cabeca-relata-vizinha-de-mulheres-que-morreram-em-casa-que-desabou

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