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Saúde

A cada três dias uma pessoa é picada por escorpião em Nova Serrana

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Município regista aumento de 30% do número de acidentes com animais peçonhentos

O sinal de alerta quanto ao número de casos de acidentes com animais peçonhentos em Nova Serrana está ligado, isso porque comparado ao ano de 2017 a cidade registra um relevante aumento de casos nos três primeiros meses do ano.

De acordo com os dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em todo o ano de 2017 foram registrados 84 casos de acidentes envolvendo populares e animais peçonhentos, já em 2018 apenas nos três primeiros meses do ano 28 casos já foram notificados para a secretaria.

Proporcionalmente a quantidades de meses do ano, a cidade teve uma crescente de aproximadamente 30% quanto ao número de acidentes.

A cidade em 2018 registra índices de aproximadamente um caso a cada três dias tendo uma média mensal de pouco mais de 9 registros de acidentes com animais peçonhentos, enquanto em 2017 a média obtida no município foi de aproximadamente 7 casos por mês.

Onde acontecem os acidentes

Os dados fornecidos pelo setor de vigilância epidemiológica, da secretaria de saúde apontam que a grande maioria dos casos não acontece em zona rural como é comumente imaginado pela população.

Segundo a secretaria 99% dos casos registrados no município ocorrem em perímetro urbano e também quase em sua totalidade ocorrem com picadas de escorpião.

Secretaria da orientações para evitar acidentes

Segundo Katiuscia Francisca, coordenadora da vigilância em saúde, alguns simples cuidados podem evitar transtornos maiores quanto aos acidentes com animais peçonhentos.

A coordenadora ressalta que a maioria dos casos podem ser evitados com cuidados básicos. “Sendo em perímetro urbano e com as características dos escorpiões como o principal animal que causa acidentes no município alguns cuidados podem ser tomados para que sejam evitadas as picadas. Ações como não depositar ou acumular lixo, entulho e materiais de construção junto às residências, inspecionar calçados, roupas, toalhas de banho e de rosto, roupas de cama, panos de chão e tapetes antes de usá-los, afastar camas e berços das paredes e evitar pendurar roupas fora de armários, já são boas medidas para evitar acidentes”. Ponderou Katiuscia Francisca.

Em casos de acidentes

Segundo as orientações repassadas pela secretaria a população deve em casos de acidentes:

– Procure atendimento médico imediatamente;

– Informe ao profissional de saúde o máximo possível de características do animal, como: tipo de animal, cor, tamanho, entre outras;

– Se possível, e caso tal ação não atrase a ida do paciente ao atendimento médico, lave o local da picada com água e sabão mantenha a vítima em repouso e com o membro acometido elevado até a chegada ao pronto socorro;

– Em acidentes nas extremidades do corpo, como braços, mãos, pernas e pés, retire acessórios que possam levar à piora do quadro clínico, como anéis, fitas amarradas e calçados apertados;

– Não amarre (torniquete) o membro acometido e, muito menos, corte e/ou aplique qualquer tipo de substancia (pó de café, álcool, entre outros) no local da picada;

– Não tente “chupar o veneno”, essa ação apenas aumenta as chances de infecção local.

Animais peçonhentos

Animais peçonhentos são aqueles que produzem uma peçonha em um grupo de células ou órgão secretor (glândula), e possuem uma ferramenta, capaz de injetar tal peçonha na sua presa ou predador. Esta ferramenta podem ser dentes modificados, aguilhão, ferrão, quelíceras, cerdas urticantes, nematocistos, entre outros.

Os principais animais peçonhentos que causam acidentes no Brasil são algumas espécies de serpentes, de escorpiões, de aranhas, de lepidópteros (mariposas e suas larvas), de himenópteros (abelhas, formigas e vespas), de coleópteros (besouros), de quilópodes (lacraias), de peixes, de cnidários (águas-vivas e caravelas), entre outros. Esses animais possuem presas, ferrões, cerdas, espinhos entre outros, capazes de envenenar as vítimas.

Os acidentes ofídicos, um dos tipos de acidentes por animais peçonhentos, foram incluídos, pela Organização Mundial da Saúde, na lista das doenças tropicais negligenciadas que acometem, na maioria dos casos, populações pobres que vivem em áreas rurais. Em agosto de 2010, o agravo foi incluído na Lista de Notificação de Compulsória (LNC) do Brasil, publicada na Portaria Nº 2.472 de 31 de agosto de 2010 (ratificada na Portaria Nº 204, de 17 de fevereiro de 2016).

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