Para a presidente em exercício do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG), Thaís Cláudia D’Afonseca, os números revelam um problema que afeta toda a sociedade. “A questão da violência é ampla e muitas das vezes é resultado da desigualdade que presenciamos no Brasil”, disse.


Thaís aponta a necessidade de encarar esse problema, uma vez que isso afeta o exercício da atividade dos professores e também o processo de educação dos alunos. “É preciso verificar o que ocasiona essa violência, até porque os professores tem direito a uma ambiente saudável de trabalho”, conclui.

Thais D’Afonseca alerta sobre a necessidade de ações voltadas não apenas para a violência física, mas também para a psiquica. “Até o fato de se expressar pode ser uma situação que coloca o professor em risco hoje em dia”, exemplica a presidente em exercício do Sinpro-MG. Para ele, essa violência psíquica atinge também os alunos que, em várias ocasiões, são vítimas de preconceito. “A gente tem observado é que existe uma violência com professores e alunos em razão de diversos fatores, que vão desde a orientação sexual, a classe econômica, a cor”, explica.

O levantamento feito pelo Observatório de Segurança Pública considera crimes ocorridos em instituições de ensino particulares e públicas, dos âmbitos municipal, estadual e federal, além de creches, referentes à educação básica e superior. Os crimes de furto são os que tiveram o maior registro, com 1686 casos. Ele é seguido pelos atos de ameaça, que totalizam 974 registros.