Os números ainda revelam que, ao mesmo tempo em que o furto de celulares aumentou tanto na capital mineira quanto no Estado de maneira geral, os roubos, ou seja, a subtração de bens que envolve violência e/ou grave ameaça, diminuíram. Em Minas Gerais, de janeiro a junho, 6.866 celulares foram roubados. No mesmo período de 2021 foram 7.197, o que representa queda de 4,5%. Na capital, a redução foi de 5,6%, passando de 2.552 no primeiro semestre para 2.409.

Porta-voz da sala de imprensa da Polícia Militar (PM), a Major Layla Brunella afirma que o crescimento dos furtos de celulares está relacionado à maior circulação de pessoas nos centros comerciais neste ano, com a flexibilização das medidas contra a Covid-19. Os criminosos, diz ela, usam de oportunidade para cometer o delito. Pessoas que andam distraídas pelas ruas, com bolsas viradas para trás e celulares no bolso traseiro são algumas das vítimas em potencial, sobretudo em lugares com grande aglomeração.

“Muitas vezes uma distração, um descuido com os pertences pessoais, faz com que a pessoa não se dê conta do furto. Nesses casos, o autor não aparece para a vítima. É muito importante que as pessoas estejam atentas, que olhem ao redor, que vigiem e não que sejam vigiadas”, diz a Major Layla Brunella.

Ambientes como empresas e escolas também oferecem riscos

O furto de celulares, de acordo com o especialista em segurança Arnaldo Conde, também é comum em ambientes em que as pessoas confiam mais, como escolas e empresas. Segundo ele, esse tipo de crime ocorre nesses espaços justamente porque neles estão pessoas com quem se convive diariamente e inspiram certa confiança.