Colunistas
A águia voou mais alto!
Foi preciso suportar a dor da separação. Foi necessária a compreensão de que somos privilegiados com o poder das nossas escolhas e nelas estão os significados da felicidade, do sonho e do sofrimento temporário.
A natureza das águias ensina muito sobre a vida, mas é preciso compreender seus instintos. Sentir medo é algo natural, porque o desconhecido é sempre um desafio. A superação é compensadora e ao mesmo tempo inspiradora para voos mais altos.
Quando uma jovem descobre seu momento, ela é capaz de chorar pela perda da segurança e aconchego do seu “ninho”. A jovem lamenta, por um tempo, a incerteza escondida no destino desconhecido, mas se lança no novo caminho com a confiança que tudo passa, quando quer construir as novas e boas conquistas. …
E aquela jovem dentista que morava em Nova Serrana foi para “além mar”, descobriu seus valores e agora não quer mais voltar. Aquela menina, que aprendeu sobre os mistérios da vida, agora sabe que as diferenças a tornou maior e melhor.
Ela enfrentou a saudade, a distância de amigos e parentes e encontrou o que seus desejos lhe escondia. Tentaram matar seus sonhos dizendo que era para o seu bem. E como o próprio Deus lhe ensinou, ela sentiu horror pelos donos da verdade e procurou os diferentes como seu porto seguro.
Estar com seu amor em lugares maravilhosos não era uma cena de novela, mas o próprio enredo da prosperidade que apenas a alegria pode oferecer. Aquela moça realmente se tornou mulher, ficou adulta nos pensamentos e se manteve jovem para superar desafios. Ela aprendeu, que tudo o que negou tornou-se enorme em sua vida.
Com isso, Karini, filha de Ovídio e Cláudia escolheu animar os vivos à sua volta a ressuscitar os mortos que ficaram na sua história, como os antigos amores da adolescência. Ao contrário de nós ela não teve medo do novo e agora nos manda a boa notícia.
Trago na lembrança os momentos felizes que tivemos, como a procura do ovo de páscoa que o coelhinho escondeu no quintal de casa, das aulas de direção prematura pelas ruas da cidade fria no interior, das discussões sem sentido por bobagens alimentadas pelo meu orgulho ou ainda, pelos momentos de pura ternura ao som, cantos e encantos sob um “puxadinho” que o tempo nunca apagará da nossa lembrança.
Karini foi fazer uma jornada só possível aos heróis, quando partiu desta “terra do calçado” para outras no “velho mundo”. Mas deixou na minha história a gratidão por apenas segurar minha mão, quando meu coração cansado mandou um recado, que poderia parar e sair da minha vida para sempre.
Karini se tornou uma “filha” querida por sua própria escolha. Karini se tornou a donzela mais bela e encontrou o melhor motivo para celebrar, porque esse é o melhor dos mundos onde encontramos a melhor das pessoas para nos abraçar e fazer feliz.
Ela é assim, sempre expansiva, sempre chorona, sempre pensativa sem perder a ternura. Ela não age em “esconderijos virtuais” como muitas da sua idade fazem.
“- Karini, quero sua felicidade sem ter que prendê-la num passado que já se foi. Mas quero estar presente no futuro que chega agora na construção do seu próprio ninho, onde amor, respeito, admiração e muita alegria se estabelecerão!”
Acho que a emoção de um contador de histórias, como eu, não pode mais falar, porque os melhores capítulos ainda estão por vir com data e hora marcadas no mês de outubro.
A águia voou mais alto e continua voando, agora com suas próprias asas. Sendo assim, ‘’um brinde sem lágrimas! Um brinde de pura felicidade, um brinde à Karini e Junior… Porque “she said, he said too!””