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Guerra do tráfico leva a expulsão de idosos de casa e morte de cem pessoas em BH

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Crédito: Divulgação/Ascom/APCBH/Adão de Souza

Ao total, 28 mortes tiveram relação comprovada com a guerra pelo tráfico de drogas nas duas regiões

O tráfico de drogas e as mortes e conflitos causados pela guerra entre duas gangues rivais motivou a Polícia Militar e o Ministério Público de Minas Gerais a desencadearem uma operação nesta terça-feira (3 de outubro), em Belo Horizonte e em cidades da região Metropolitana. Vinte e oito mortes, entre julho de 2022 e setembro deste ano, tiveram relação direta com a disputa pela região, mas os órgãos de segurança acreditam que mais de 100 homicídios possam estar correlacionadas ao tráfico nessas áreas investigadas. Com informações de O Tempo.

“A sensação de insegurança na Vila da Paz e na Vila Joana Darc era muito intensa. O poder do tráfico era tão grande que culminou em situações absurdas, como uma casa que estava a venda, mas teve o muro pichado, com a frase ‘esta casa não pode ser vendida’, por ser um imóvel estratégico para os criminosos, além de um episódio em que um casal de idosos foi expulso de casa só por serem avós de um dos membros da gangue rival”, pontuou o promotor justiça Peterson Araújo.

As 28 mortes que tiveram relação comprovada eram de pessoas suspeitas e inocentes. Um dos inocentes mortos foi um homem de 29 anos, que saiu de Ouro Preto, na região Central do Estado, para comprar um cachorro em Belo Horizonte, quando foi surpreendido por um tiroteio no Barreiro, em junho de 2022. Ele estava com a esposa e um filho, que também foram alvejados, mas sobreviveram.

Setor de inteligência da PM acredita que mais 100 mortes podem estar relacionadas à guerra do tráfico de drogas.

A porta-voz da PM Layla Brunella explica que, apesar de terem elementos para relacionarem cem mortes só neste ano à rivalidade entre os traficantes das regiões investigadas, entraram oficialmente para a estatística 28 em nove meses em função da necessidade de avanço nas negociações. “Essas mortes ainda não têm comprovação direta com a guerra entre essas duas gangues, pois o processo investigativo precisa correlacioná-las com a disputa do tráfico de drogas. Ainda não têm provas cabais (imagens, prisão, testemunhas), que os relacionem. Nós acreditamos que haja essa relação  pelo fato das mortes terem sido na região, de algumas vítimas serem usuárias de drogas e o modo como foram alguns homicídios”, explicou Layla.  A relação entre os crimes está sendo apurada.

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