Economia
Fecomércio MG apresenta análise do Mercado de trabalho em MG e região Centro-Oeste
A Região do Centro-Oeste de Minas aponta que o setor de serviços criou mais vagas de emprego, seguido pelo comércio.
O Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG produziu uma análise sobre os dados do Mercado de Trabalho em Minas Gerais com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) e compilou destaques da região Centro-Oeste de Minas.
Minas desempenha um papel fundamental no mercado de trabalho do país. Como o segundo estado mais populoso, possui o segundo maior estoque de empregos formais do Brasil. Devido à presença de 853 municípios, é necessário analisar as características de cada região com foco em suas particularidades. O salário médio de Admissão do trabalhador mineiro é de R$ 1.882,03. No setor de Comércio é de R$1.598,57 e no setor de Serviços é de R$1.916,58.
Centro-Oeste de Minas
Os dados analisados apontam que o mês de julho foi marcado pela criação de oportunidades que se aproximam mais do formato de contratação tradicional, ou seja, são vínculos que eliminam as sazonalidades. Ao observar o estoque de empregos, a região está no melhor patamar de empregos desde o início da série histórica, janeiro de 2020, refletindo melhora da atividade econômica e aumento da demanda por mão de obra formal entre os 56 municípios que compõem a região. Quando confrontamos os dados com o mês que antecede o início da Covid-19, nota-se um incremento de 35.057 novos empregos líquidos.
Ao analisar o perfil de contratação na região, o salário fixo médio foi de R$ 1.706,60. A maioria dos profissionais que conquistaram uma oportunidade são jovens e possuem o ensino médio completo. Em relação ao gênero, os homens continuam com maior proporção de contratações no mercado de trabalho.
O estoque de empregos na região Centro-Oeste mineiro chegou a julho do ano corrente com 290.811 postos de trabalho formal. O volume teve um incremento de 10.647 postos de trabalho em relação ao fechamento do ano de 2022. Ao observarmos a série histórica, notamos que houve um aumento de 14% em relação ao período que antecedeu a pandemia, em fevereiro de 2020. Em números, esse aumento resultou em 35.057 novos postos de trabalho criados na região.Ao analisarmos o saldo de empregos, que resulta da diferença entre admissões e desligamentos, a região teve um incremento de 505 empregos líquidos no mês de julho. Quando observamos os sete primeiros meses do ano em comparação com o mesmo período do ano anterior, notamos uma queda no saldo de empregos. Enquanto o acumulado do ano corrente resultou em 10.647 empregos líquidos, no mesmo período do ano de 2022 somou-se 14.111 empregos líquidos.
Ao analisar as admissões na região, notamos que o mês de julho gerou 13.048 vagas, um montante inferior ao observado no mês de junho de 2023, que teve a criação de 13.637 oportunidades, e também inferior ao mesmo período de 2022, que gerou 13.715 vagas. Ao observarmos os dados acumulados do ano, de janeiro a julho, o ano corrente teve um leve incremento em relação ao mesmo período do último ano (2023 – 99.627 e 2022 – 99.529). Quanto aos desligamentos, o mês analisado registrou 12.543 desligamentos, um volume superior ao mês imediatamente anterior, que contou com 12.185 extinções de oportunidades, e também superior ao observado em julho de 2022, quando apontou o fechamento de 12.159 vagas. Ao considerarmos os sete primeiros meses do ano, o ano corrente demonstrou 88.890 desligamentos na região, um número superior ao alcançado no mesmo período de 2022, que teve 85.418 vagas.
Ao analisar os setores, observamos que o setor de serviços teve a maior criação de vagas, seguido pelo comércio, que consecutivamente geraram 500 e 151 oportunidades. Por outro lado, o setor da indústria e agropecuária registraram extinção de oportunidades no mês de julho, com destaque para a indústria, que teve o fechamento de 181 postos de trabalho. No setor terciário, as maiores contratações ocorreram em: Transporte Rodoviário de Carga, Exceto Produtos Perigosos e Mudanças, Intermunicipal, Interestadual e Internacional; Serviços Combinados de Escritório e Apoio Administrativo; Atividades de Atendimento em Pronto Socorro e Unidades Hospitalares para Atendimento a Urgências; Comércio Varejista de Artigos do Vestuário e Acessórios e Serviços de Assistência Social sem Alojamento.
Ao observar o salário médio fixo de contratação na região, notase que o mês de julho registrou um salário de R$ 1.706,60, valor inferior ao observado no estado de Minas Gerais, que teve um salário médio de R$ 1.880,37. O setor do comércio teve o menor salário médio fixo de admissão no mês de julho, mas é importante destacar que esse setor costuma adicionar ao salário fixo bonificações e comissões, o que torna o salário no comércio mais atrativo em comparação aos demais setores.
À medida que analisamos o saldo por faixa etária, é nítida a criação de empregos em 3 das 8 faixas. Os mais jovens, até 24 anos, ocuparam quase todas as oportunidades do mês analisado, enquanto os profissionais com idades entre 40 e 49 anos tiveram uma leve participação, ocupando 44 oportunidades. Em contraste, todos os profissionais das demais faixas etárias perderam espaço no mercado de trabalho formal no mês de julho do ano corrente, com destaque para os trabalhadores com idade superior a 50 anos, que acumularam a extinção de 115 oportunidades.
Ao analisar o grau de instrução das vagas preenchidas, notase que a grande maioria das oportunidades foi preenchida por profissionais com ensino médio completo, totalizando 579 vagas. Por outro lado, os extremos sofreram redução: profissionais com até ensino fundamental incompleto e profissionais com pós-graduação registraram, respectivamente, uma redução de 140 e 41 postos de trabalho.
O saldo de empregos estratificado por sexo seguiu a mesma proporção observada no consolidado do estado de Minas Gerais, com uma proporção mais intensa para homens, representando 61,6%, enquanto as mulheres ocuparam os demais 38,4% das oportunidades geradas na região no mês de julho do ano corrente.
Sobre a Fecomércio MG
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais, é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 740 mil empresas mineiras. Juntos com Sesc, Senac e Sindicatos Empresariais, a entidade integra a Confederação Nacional do Comércio (CNC), atuando junto às esferas pública e privada para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo, a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais.
Há 84 anos fortalecendo e defendendo o setor, beneficiando e transformando a vida dos cidadãos. (Informações de Assessoria de imprensa/Fecomércio MG)