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Saúde


Sintomas podem anunciar parada cardíaca no dia anterior de acontecer

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Em média, 90% das paradas cardíacas que se dão fora do ambiente hospitalar terminam em morte - Créditos: Freepik

Alguns indícios do problema de funcionamento do coração podem surgir 24 horas antes e detecção ajuda a minimizar mortes, indica pesquisa

parada cardíaca geralmente acontece de uma hora para outra, mas há indícios que podem sinalizar o problema. Estudo divulgado na revista científica The Lancet Digital Health Journal revela que alguns sintomas podem anunciar a parada cardíaca até 24 horas antes que ela, de fato, ocorra. A pesquisa foi coordenada no Instituto do Coração Smidt, no Centro Médico Cedars-Sinai, nos Estados Unidos. Com informações de Estado de Minas.

Os autores do levantamento lançaram mão de dois estudos que observaram duas comunidades americanas, uma em Ventura County, na Califórnia, em andamento há 22 anos, e mais uma em Portland, em Oregon, que acontece nos últimos oito anos.


Informações sobre participantes na faixa etária entre 18 e 85 anos que, entre fevereiro de 2015 e janeiro de 2021, ingressaram com paradas cardíacas nos serviços de emergência nas duas regiões, fazem parte do escopo da pesquisa. O estudo considerou ainda a chamada população de controle, que buscou os mesmos sistemas com manifestações clínicas similares, mas não o evento cardiovascular.

Ficou constatado que metade dos pacientes acompanhados tiveram um sinal no dia antes ao problema de funcionamento do coração. Outro fato é que os sintomas são distintos quando considerada a diferença entre os gêneros. Em homens, o mais recorrente é a dor no peito, enquanto, para elas, o que mais acontece é a falta de ar.

Mais do que o predomínio desses tipos de manifestação, subgrupos menores divididos entre os sexos masculino e feminino apresentaram palpitações, sintomas parecidos com convulsões ou gripe, sempre nas 24 horas que precedem a parada cardíaca.

A descoberta é válida, principalmente, para alertar as pessoas sobre o que se pode ter atenção que possa identificar o problema, antes que aconteça. Em média, 90% das paradas cardíacas que se dão fora do ambiente hospitalar, citam os autores, terminam em morte.

O diretor do Centro de Prevenção de Paradas Cardíacas do Instituto do Coração Smidt, e autor do estudo, Sumeet Chugh, diz que aproveitar os sintomas de alerta para realizar uma triagem eficaz para aqueles que precisam fazer uma ligação para a emergência pode levar à intervenção precoce e à prevenção da morte iminente. “Nossas descobertas podem levar a um novo paradigma para a prevenção da morte súbita cardíaca”, declarou, em comunicado.

A partir do acompanhamento dos dois grupos que constam no estudo, a título de comparação, os dados dão conta de que 50% das pessoas que tiveram uma parada cardíaca apresentaram pelo menos um sintoma ligado ao quadro 24 horas antes, sendo 30% deles dor no peito ou falta de ar.

Segundo a pesquisa, em relação aos sexos, quanto à parada cardíaca súbita, os homens geralmente manifestam dispneia (falta de ar) e sudorese, enquanto o evento em mulheres tem associação à dispneia. Conforme os autores, a maioria dos sintomas aconteceu de forma isolada, sendo considerados ainda sinais menos comuns entre os pacientes no grupo de controle que sofreram a parada cardpiaca, sem a indicação de risco para o quadro, como tonturas, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e náuseas ou vômitos.

“A seguir, complementaremos esses principais sintomas de alerta específicos de cada sexo com recursos adicionais – como perfis clínicos e medidas biométricas – para melhorar a previsão de parada cardíaca súbita”, diz Sumeet Chugh, sobre os próximos passos do trabalho.

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