Saúde
Colesterol alto afeta 4 em cada 10 brasileiros; veja dicas para melhorar o seu
O Dia Nacional da Prevenção e Controle do Colesterol é celebrado nesta terça-feira (8)
Pelo menos quatro em cada dez brasileiros têm problemas com o colesterol alto, e uma em cada quatro crianças também já apresenta níveis elevados de gorduras. Os dados são da Sociedade Brasileira de Cardiologia. De acordo com a entidade, aproximadamente 67% das pessoas não conhecem o próprio nível de colesterol. Pensando na conscientização sobre o tema, a SBC celebra nesta terça-feira (8) o Dia Nacional da Prevenção e Controle do Colesterol. Com informações de O Tempo.
Vale lembrar que o colesterol é um conjunto de gorduras que exercem várias funções no organismo, como a produção de hormônios. Há dois tipos de colesterol: o HDL, considerado “colesterol bom”, e o LDL, chamado de “colesterol ruim”. Quando eles estão em desequilíbrio no organismo, o colesterol se torna fator de risco vascular, e aumenta a incidência de AVC, de morte súbita e doença coronariana.
Como controlar o colesterol?
A nutricionista esportiva Renata Brasil, explica que uma dieta adequada pode ser o ponto de partida para controlar os níveis tanto do colesterol “bom” quanto do “ruim”. “Pensando no colesterol bom, devem ser priorizados aqueles alimentos compostos por gordura monoinsaturadas ou poliinsaturadas, que são conhecidos como as gorduras boas”, cita.
Ela explica que essas gorduras estão presentes em alimentos como azeite, óleo de canola, abacate, castanhas, amendoim, nozes, oleaginosas e sementes em geral. Ou até mesmo peixes, como atum, sardinhas e frutos do mar. “E, principalmente, eu gosto de dar ênfase para semente de abóbora, que é muito rica em gordura poliinsaturada”, diz.
Evite as gorduras “ruins”
“Quando a gente pensa no colesterol ruim, nós temos que pensar em reduzir principalmente a ingestão de gordura trans e gorduras saturadas, que são alimentos de origem animal ou alimentos industrializados que tem uma quantidade de gordura muito grande”, explica a especialista. Dentro desse grupo, ela cita, por exemplo, carne bovina muito gordurosa, alimentos embutidos e industrializados – como sorvetes, margarina, salaminhos. “Todos esses tipos de alimentos devem ser diminuídos em grande quantidade na ingestão diária”, orienta.
Está com colesterol alto? Invista em frutas cítricas
A dica para quem já está com colesterol alto, segundo Renata, é caprichar na ingestão de frutas cítricas, como laranja, limão, acerola e abacaxi. “Todas essas vão auxiliar na redução do colesterol alto”, diz. Ela sugere ainda caprichar na ingestão das gorduras boas, que são as sementes, as oleaginosas, para que aumente o colesterol HDL. “E, assim, a gente consegue a melhora da relação da proporção do colesterol total com o HDL e o LDL, que é o colesterol ruim”.
Renata cita ainda alguns alimentos que parecem inofensivos mas que na verdade não são para aquelas pessoas que já tenham colesterol alto. “São as carnes com cortes mais gordos, por exemplo, carne de porco, miúdos, carne vermelha gorda, alguns laticínios, como leite integral, creme de leite, margarina, manteiga… isso tudo é prejudicial para as pessoas que já têm esse colesterol alto”, enumera. “Também entra nessa lista alguns óleos de origem vegetal, como, por exemplo, o óleo de coco e o óleo de dendê”, diz.
“Algumas azeitonas a gente também pede para consumir com moderação, pois já têm muita gordura”, comenta. A nutricionista também cita o álcool como “vilão” para o colesterol. “Alguns estudos já vêm provando que (o álcool) tem uma relação com o aumento do colesterol e, portanto, deve ser consumido com moderação”, diz..
Faça atividade física
Nem sempre a dieta sozinha dará conta de melhorar os níveis de colesterol. Especialistas apontam que aliar uma dieta adequada a um exercício físico adaptado às necessidades pode auxiliar, e muito, na melhora da saúde.
Renata explica que o nível de atividade física para baixar o colesterol vai depender muito do estado físico de cada pessoa. “Então, se for uma pessoa sedentária que não tem esse aumento de colesterol a nível genético, uma caminhada pela manhã, a princípio, pode ser o suficiente”, diz. “Mas é muito importante ficar atento ao preparo físico do paciente, para poder adequar a intensidade e a carga horária da atividade física, para se ajustar melhor às suas necessidades”, pondera.