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Justiça


Condenada pela morte de Isabella Nardoni, Ana Carolina Jatobá é solta em SP

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Ana Carolina Jatobá — Foto: Diego Padgurschi/Folhapress

Jatobá deixou a Penitenciária Feminina I de Tremembé, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, por volta das 19h45

Condenada pela morte da enteada Isabella Nardoni, 5, em março de 2008, Anna Carolina Jatobá foi solta na noite desta terça-feira (20). A saída foi confirmada pela SAP (Secretaria da Administração Penitenciária). A pasta declarou em nota que cumpriu a decisão judicial proferida pela 2ª Vara das Execuções Criminais de Taubaté que estabeleceu a progressão ao regime aberto. Jatobá deixou a Penitenciária Feminina I de Tremembé, no Vale do Paraíba, por volta das 19h45. Com informações de O Tempo.

À reportagem, o advogado Roberto Podval disse que a a decisão foi acertada. “Já estava mais do que na hora”. Conforme a defesa, Jatobá vai retomar a vida normalmente, sem qualquer imposição da Justiça.

Além de Jatobá, seu então marido, Alexandre Nardoni, pai da menina, também foi considerado culpado pela morte, asfixiada e jogada do sexto andar do prédio onde o casal morava, na zona norte da capital paulista.


A dupla foi condenada por homicídio triplamente qualificado e fraude processual (por ter alterado a cena do crime), em março de 2010. De acordo com a sentença, no total, Alexandre foi condenado a 31 anos, um mês e dez dias de prisão por homicídio triplamente qualificado, pelo fato de ter sido cometido contra menor de 14 anos e agravado por ser contra descendente. Ele também foi condenado a oito meses pelo crime de fraude processual, em regime semiaberto.

Já Anna Carolina foi condenada a 26 anos e oito meses de prisão, por homicídio triplamente qualificado, cometido contra menor de 14 anos, e mais oito meses pelo crime de fraude processual, também em regime semiaberto.

Na sentença, Fossen afirmou que o crime teve a “presença de uma frieza emocional e uma insensibilidade acentuada por parte dos réus, os quais, após terem passado um dia relativamente tranquilo ao lado da vítima, passeando com ela pela cidade e visitando parentes, teriam, ao final do dia, investido de forma covarde contra a mesma, como se não possuíssem qualquer vínculo afetivo ou emocional com ela”. Para Fossen, o “desequilíbrio emocional demonstrado pelos réus constituiu a mola propulsora para a prática do homicídio”.

Jatobá chegou a gozar do regime semiaberto, mas, em junho de 2020 chegou a perdeu o benefício após ser flagrada conversando com os filhos, por meio de uma chamada de vídeo, na penitenciária de Tremembé (147 km de SP), onde cumpria pena.

À época, a pasta alegou que Jatobá, durante atendimento por videoconferência com sua advogada, esta fez uma chamada de celular com familiares da presa, fazendo o contato da reeducanda com parentes, o que é proibido”.

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