A Justiça determinou o afastamento do presidente do Lar de Idosos Arlinda Gomes Garcia em Tombos, na Zona da Mata mineira, no prazo de cinco dias. Ele é investigado por não promover existência digna aos idosos abrigados no local e também por maus-tratos praticados contra eles. A vice-presidente deve ser nomeada no lugar do afastado.
O processo foi movido pelo Ministério Público de Minas Gerais. A Justiça também determinou a convocação de Assembleia Geral para eleição e posse da nova diretoria, no prazo de 60 dias, conforme estatuto da instituição, com comprovação da ampla publicidade nos municípios de Tombos e Pedra Dourada. O descumprimento da decisão pode gerar multa diária de R$ 1.000.
No processo, a Promotoria de Tombos relata que durante inspeção anual realizada no Lar dos Idosos, foram identificadas inúmeras irregularidades. Entre elas, estão vazamentos em banheiros, iluminação ruim, buracos em rampas de acesso, banheiros sem portas, pintura precária, ausência de psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, motorista, entre outras.
O presidente ainda é investigado pelo MP após denúncias de maus-tratos aos idosos e “condutas irregulares de prestadores de serviço na instituição”. O homem teria deixado de pedir alimentos e medicamentos na cidade.
A Justiça também proibiu o acesso, presencial ou remoto, do atual presidente aos sistemas informatizados públicos privados utilizados pela instituição, sob pena de multa de R$ 500 por ato de descumprimento, limitada a R$30 mil.