A reabertura da consulta do sistema de valores a receber do Banco Central reacendeu a esperança de muitos brasileiros de encontrarem uma “bolada” esquecida em financeiras, consórcios e outras instituições.

Para maioria da população, essa busca, contudo, se tornou uma decepção – grande parte consegue reaver menos de R$ 10. Mas, para um morador do bairro Espírito Santo, em Betim, ela virou uma grande comemoração: Samuel Mendes, de 39 anos, descobriu que tinha R$ 4.341,31 a restituir.

“Estava conversando com amigos em um grupo do WhatsApp, esperado na fila de uma imobiliária, quando eles falaram sobre a consulta. Resolvi verificar, de forma despretensiosa, porque, no ano passado, quando foi liberado o resgate, eu só tinha R$ 1,91. Fiquei na fila de espera aguardando pra checar e, quando chegou a minha vez, tive essa grande surpresa. Fiquei feliz, afinal, qualquer hora que o dinheiro vem é boa”, conta Mendes.

Empresário na área de consultoria e desenvolvimento de software, o betinense revela que o montante é fruto de um consórcio de motocicleta que ele havia comprado e desistido havia mais de seis anos. Ele brinca que já tem a finalidade certa para aplicar o valor que recebeu de forma inesperada: “Vou convidar a minha sogra para comer um cachorro-quente e, o restante, vou investir na reabertura do escritório presencial da minha empresa”, brinca.

Balanço

Em três dias, o sistema de valores a receber do Banco Central liberou mais de R$ 228 milhões a 3,461 milhões de pessoas.

A liberação dos montantes pode ser feita a qualquer momento, no site valoresareceber.bcb.gov.br. A consulta é feita com CPF e data de nascimento, para pessoas físicas, ou com CNPJ e data de abertura da empresa, para pessoas jurídicas.