De todos esses gols, o mais simbólico foi aquele que alçou Pelé a um outro patamar, como o primeiro a marcar mil vezes na carreira. Há 53 anos, no dia 19 de novembro de 1969, o Rei do Futebol escreveu mais uma vez seu nome na história do esporte ao converter uma cobrança de pênalti diante do Vasco. Ele já havia passado perto de atingir o feito diante do Botafogo da Paraíba e do Bahia, mas o gol acabou saindo no palco mais emblemático do futebol: o Maracanã. Nem mesmo o belo salto do goleiro Andrada, que chegou a tocar na bola, impediu que ela morresse no fundo das redes pela milésima vez.
Mas a trajetória de artilheiro de Pelé começou bem antes, ainda em 1956. Naquele dia 7 de setembro, com apenas 15 anos, a jovem promessa santista marcou seu primeiro gol como profissional, em amistoso diante do Corinthians de Santo André. O último de seus 1.091 gols com a camisa santista aconteceria 18 anos depois, quando, já aos 33 anos, ele balançou as redes no empate por 2 a 2 diante do Guarani, pelo Campeonato Paulista.
Se o Santos se beneficiou do faro de artilheiro de Pelé, na seleção não foi diferente. Foram 95 gols pelo Brasil – ainda um recorde -, sendo o primeiro em 1957, aos 16 anos, diante da Argentina. O Rei do Futebol também deixou sua marca no Cosmos, dos Estados Unidos, onde atuou no fim da carreira e marcou 65 gols. Até pela seleção do Exército o craque balançou as redes, o que chegou a gerar uma polêmica sobre a legitimidade da sua conta de 1.281 gols.