“É uma alegria muito grande e uma imensa responsabilidade dirigir uma pasta da maior importância para o Brasil e o mundo. É um momento onde se discute transição energética, utilização de biocombustíveis na composição dos combustíveis para diminuir o custo e, cada vez mais, melhorar a qualidade da energia e fazer a transição para uma energia mais limpa. O Brasil já é líder em energia limpa no mundo e nós, nestes próximos quatro anos, vamos nos tornar ainda mais referência neste setor”, comemorou o senador em comunicado enviado à imprensa.

A nomeação de Silveira, segundo aliados, é um reconhecimento do apoio do PSD a Lula no Estado. No segundo turno das eleições presidencias, o senador, apesar de ter sido derrotado pelo deputado estadual Cleitinho Azevedo (Republicanos) no senado, articulou uma contraofensiva de prefeitos em apoio à eleição do ex-presidente em resposta ao governador reeleito Romeu Zema (Novo).

O senador teve ainda papel fundamental nas negociações da Proposta de Emenda à Constituição, que pretende liberar o pagamento de R$ 600 aos beneficiários do Bolsa Família no próximo ano. No senado, a proposta foi aprovada rapidamente sem grandes embates.

Já ao fim de mandato como senador, Silveira assumiu o posto no dia 3 de fevereiro de 2022, após a saída de Antonio Anastasia do Senado. Antes, foi deputado federal entre 2007 e 2015.

Na carreira, o mineiro já foi também advogado e delegado de polícia. Em 2003, assumiu um cargo no Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit). No ano seguinte, foi nomeado por Lula como diretor-geral da pasta. Como deputado federal, entre 2007 e 2014, Silveira foi vice-presidente da Comissão de Infraestrutura na Câmara Federal.

Em 2014, foi o primeiro suplente do senador Antonio Anastasia e assumiu, em 2022, como senador após a saída do titular, que se tornou ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).

O deputado Reginaldo Lopes (PT), que até então foi cotado para assumir o Ministério da Educação e a pasta de Desenvolvimento Agrário, ficou sem espaço no próximo governo.

A não indicação do parlamentar para algum ministério frustrou a expectativa de alguns colegas de partido. O PT de Minas Gerais passou a considerar o deputado como possível ministro ainda na pré-campanha, quando Reginaldo Lopes abriu mão de se candidatar ao Senado para que Lula fechasse aliança com o PSD e tivesse Alexandre Kalil (PSD) como palanque no Estado. O deputado foi também o coordenador da campanha de Lula em Minas.