A Polícia Federal e a segurança do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentam convencer o petista a desfilar em um carro fechado e blindado no dia da posse, que ocorre no próximo domingo, dia 1º de janeiro, na Esplanada dos Ministérios em Brasília. Mas quem vai bater o martelo sobre essa questão é Lula.
Segundo O Tempo Brasília apurou, o delegado da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, vai se reunir na tarde desta segunda-feira (26) com Lula no hotel em que o presidente eleito está hospedado para tratar deste assunto.
Andrei Rodrigues foi indicado por pelo futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, para comandar a Polícia Federal. O delegado é o responsável pela coordenação da segurança de Lula até a posse.
Na reunião também está presente o coordenador da posse, o embaixador Fernando Igreja. O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, não está em Brasília, mas sim em São Luis (MA) e, por isso, não deve participar.
O Palácio do Planalto já sinalizou que os rolls-royce está à disposição para o dia da posse. O veículo é aberto e é utilizado, tradicionalmente, pelos presidentes eleitos no desfile a céu aberto na Esplanada dos Ministérios. A futura primeira-dama Janja chegou a afirmar, no início deste mês, que o rolls-royce não seria utilizado, uma vez que ele estava danificado.
Atentado frustrado
A segurança do petista é motivo de preocupação diante dos casos de vandalismo em Brasília e também da tentativa de explosão de uma bomba próximo ao aeroporto da capital federal.
Na noite de sábado (24), a Polícia Civil do Distrito Federal prendeu um empresário paraense de 54 anos que confessou ser o responsável por colocar uma bomba em um caminhão-tanque perto do aeroporto de Brasília. George Washington Oliveira Sousa é inscrito como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) e disse ter vindo à capital para participar de atos contra o resultado da eleição e com pedidos de intervenção militar em frente ao Quartel General (QG) do Exército, na área militar. Segundo o delegado-geral Robson Cândido, o gerente de posto de gasolina, que é apoiador do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que queria provocar uma explosão para chamar atenção para o movimento do qual participa. Com ele, foram apreendidas outras cinco emulsões explosivas, além de diversas armas que ele alega terem sido trazidas de carro de seu Estado. O delegado diz que o suspeito afirmou que os explosivos teriam vindo de pedreiras e garimpos no Pará.