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Editorial - Opinião sem medo!

Editorial – Partiu capinar um lote

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As eleições acabaram e Luiz Inácio Lula da Silva venceu pela maioria dos votos populares. Sim mesmo com a máquina na mão por quatro anos, Bolsonaro não teve a capacidade de consolidar seu nome como maioria absoluta da população.

Foram realizadas ações desleais, foram realizadas fake news, foi inventado uma ideia de que as urnas não eram seguras, milhares de mortos foram alvo de deboche; a arrogância e ingerência do presidente se fez presente nas urnas e o resultado foi a derrota incisiva e fatídica daquele que se julga o messias da moral.

Partindo daí o que vemos é um bando de pessoas que se sentem acima da lei, que defendem a democracia baseada em seus interesses e por não ter o resultado que desejavam nas urnas, tão pouco, conseguiu-se criar a prova de que as urnas era fraudadas, optaram por espernear e causar a algazarra que sempre julgaram ser uma ação da esquerda.

O que falta nesse momento, além de bom senso é um lote para capinar. Sim falta algo para se fazer para esse massa que durante quatro anos foi inflamada com fakes, discursos insólitos e insustentáveis de que somente sua versão do Brasil é a correta.

Justamente por não ter um lote para capinar, passaram a interditar rodovias, atrapalhando o desenvolvimento que tanto afirmam desejar para o Brasil. Justamente por não ter um lote para capinar ou algo melhor para fazer como ler um livro de história para aprender quais foram as barbáries cometidas durante o regime militar, foram para as ruas pedir por intervenção militar, por intervenção federal, e ai a tão sonhada liberdade que pregam passa a não ter mais valor.

É importante destacar que tivemos por exemplo a participação absurda do vereador Ricardo Tobias em tais manifestações, o mesmo muito provavelmente sequer sabe o que ocorreria com seu cargo de vereador, ou como ficaria a política municipal em uma intervenção militar. Mas no caso de Ricardo podemos ignorar sua fala e participação irrelevantes, assim como está sendo nesse momento de confusão e ações impensadas sem um objetivo, sem um líder, sem uma legitimidade.

Sim essa manifestação é sem legitimidade porque ela ultrapassa o limite do bom senso ao ser privado o direto constitucional das pessoas. A maior parte do Brasil votou contrário ao interesse dos bolsonaristas, que mesmo com todos os esforços dos políticos, perderam as eleições em Minas, só que, por se acharem acima do poder, acharem que sua opinião vale mais do que a dos outros, atropelam os limites da cidadania, se jogam em carros, incendeiam os ânimos e criam um clima de tensão completamente insensato.

Por falar de insensatez, é justamente por não terem um lote para capinar que, manifestantes tem agredidos profissionais da imprensa, que um ex-deputado metralhou um carro da polícia federal, e que um monte de desocupados elaboram uma lista de empresários e profissionais que supostamente são petistas, querendo provocar um boicote aos empreendedores, cidadãos e profissionais, de bem, que apenas manifestaram uma opinião diferente para o que desejam como futuro do Brasil.

Não fomos citados em tal lista, mas desde já salientamos que nós deste Popular, nos solidarizamos com os jornalistas Vagner Henrique, Nayara Lopes, Jonathas Jacino, Valter Junior e Lilian Camargos, a quem estendemos nosso apoio aos demais empreendedores e pessoas citadas na tal lista. Independente da opinião política e de seus votos nas urnas, é inaceitável que por falta de um lote para capinar, a imagem de pessoas que não cometeram nenhum crime contra a sociedade seja exposta de forma pejorativa por caprichos políticos e de opinião.

Finalizando esse editorial temos que dar um desconto aos manifestantes. Se já nos esquecemos do que efetivamente o governo de Lula e do PT trouxe de negativo e positivo para o nosso país, quanto mais das barbáries cometidas durante o golpe militar.

É importante destacar que nós deste Popular, neste momento só podemos escrever esse editorial porque um golpe militar ainda, e se Deus quiser não será implementado, porque se tal fato ocorrer, ou seremos presos e espancados por dar nossa opinião, ou na melhor das hipóteses, teremos que trabalhar capinando lote, para que pelo menos assim, possamos continuar com a integridade do nosso caráter preservada.

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