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Flávio Bolsonaro recua depois de dizer que não houve fraude nas urnas: ‘Não sei’

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho e um dos coordenadores da campanha do presidente Jair Bolsonaro  (PL) à reeleição, afirmou que “não aconteceu, mas podia ter acontecido” fraude nas urnas eletrônicas neste ano. Logo depois, porém, ele recuou da resposta e declarou não saber. As informações são do jornal O Tempo.

Em entrevista ao jornal O Globo, Flávio foi questionado se Bolsonaro pediu que o MInistério da Defesa não divulgasse o relatório feito por militares das Forças Armadas que acompanharam o resultado da apuração do primeiro turno no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“O resultado não foi divulgado porque não está pronto. O trabalho que nós fazemos é para diminuir a possibilidade de fraude. Não aconteceu, mas podia ter acontecido”, disse. Em seguida, o jornal o questionou se não houve fraude. O senador, então, declarou: “Não sei. É processo de coleta de informações ainda.”

A fala acontece em meio a ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral e à segurança das urnas eletrônicas. O mandatário costuma defender o voto impresso ao afirmar que pode ser vítima de fraude se perder as eleições deste ano.

Bolsonaro irá disputar o segundo turno da eleição presidencial com o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com Flávio, o atual presidente tem demonstrado mais preparação durante a campanha, mas atribuiu ao PT a responsabilidade pela rejeição à campanha à reeleição.

“Vocês estão vendo o presidente muito mais calmo, a cada dia mais preparado, com a inteligência emocional cada dia melhor. Grande parte dessa rejeição vem dos ataques mentirosos que o PT faz, que não são coibidos como deveriam pelo TSE, e que são potencializados pela imprensa. Ele infelizmente foi escolhido o inimigo, como se ele fosse uma ameaça à democracia, o que nunca foi”, disse.

Ainda na entrevista, o senador avalia ainda que a ampla eleição de candidatos aliados aos interesses do atual governo para o Congresso Nacional é um ponto favorável a Bolsonaro.

“Há uma conscientização de que o Congresso eleito está pronto para o governo, com a maioria esmagadora de centro-direita. Agora vai ter um ambiente de muito mais paz e harmonia para aprovar medidas que nós achamos importantes. Estamos mostrando isso no programa de TV, que aquela paz e harmonia que todos esperam é verdade. Está todo mundo cansado de briga”, acrescentou.

O cenário no Parlamento, segundo Flávio, aproximou aliados para a campanha bolsonarista “em especial no Nordeste, onde as pesquisas diziam que o presidente tomava uma surra”. “Criamos forças-tarefas em São Paulo, Minas e Rio com o apoio que nós temos. Na região Nordeste tem o foco especial na Bahia, Pernambuco, Ceará, Maranhão e Piauí, que são os maiores estados com mobilização dos prefeitos. Muita gente votou em Lula porque queria que acabasse logo no primeiro turno”, contou.

“O sentimento é que o presidente está maior do que nunca. Ao contrário das pesquisas desestimulando nossa campanha, dando o Lula como eleito no primeiro turno, o resultado nos deu o claro retrato de que temos tudo para promover uma grande virada. Além disso, tem a eleição de aliados, que nos deu novo ânimo”, avaliou.

Com problemas financeiros no primeiro turno, a campanha de Bolsonaro chegou a mobilizar campanhas de doação e Flávio admitiu que a equipe precisava de recursos. Agora, ele afirmou que essa segue sendo uma preocupação e que a campanha de Bolsonaro “não está no vermelho, mas poderia estar no verde”.


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