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DATATEMPO: Distância entre Lula e Bolsonaro cai de 15 pra 11 pontos em MG

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A distância entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), diminuiu de 15,1 pontos percentuais para 11,1 pontos percentuais entre os meses de julho e agosto em Minas Gerais. É o que mostram os números da pesquisa DATATEMPO realizada entre os dias 11 e 16 deste mês. O levantamento mostra a recuperação numérica do presidente tanto no cenário estimulado, quando uma lista de candidatos é apresentada, quanto no cenário espontâneo, quando o eleitor diz um nome voluntariamente ao ser questionado sobre qual seu voto para presidente. As informações são do jornal O Tempo.

Segundo os números do levantamento realizado por meio de 2.000 entrevistas domiciliares, Lula oscilou, no último mês, de 45,1% para 44,2%. Bolsonaro, por sua vez, passou de 30% para 33,1%. Com isso, a distância caiu quatro pontos entre um levantamento e outro. A margem de erro da pesquisa é de 2,19 pontos percentuais para mais ou para menos.

Longe dos dois, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) oscilou de 4,3% para 5,2%. Já Simone Tebet (MDB) foi de 1% para 2% no período. Pablo Marçal, que enfrenta uma batalha com o PROS para tentar manter sua candidatura, foi de 0,6% para 0,9%. O PROS, agora sob nova direção, enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um pedido para retirar sua candidatura e apoiar Lula. Marçal resiste e seu nome ainda consta na lista de candidatos até que o registro de candidatura seja julgado.

Na sequência do levantamento aparece, com 0,4%, o candidato do Novo, Felipe D’Avila. Ele tinha 0,6% no mês passado. Já Roberto Jefferson (PTB), que estreia no levantamento após registrar seu nome em agosto, tem 0,3%. Ele também enfrenta uma batalha no TSE, já que o Ministério Público Eleitoral impugnou sua candidatura alegando que ele está inelegível em razão da ficha limpa. A Justiça Eleitoral, em decisão liminar, suspendeu seu acesso ao fundo partidário. Ainda assim, Jefferson aparece à frente de cinco candidatos: Vera Lúcia (PSTU) e Sofia Manzano (PCB), que têm 0,2%; José Maria Eymael (DC), que registra 0,1%; além de Leonardo Péricles (UP) e Soraya Thronicke (União), que ficam com 0%.

Os eleitores que dizem não pretender votar em ninguém ou que declaram voto em branco ou nulo são 6,9%, contra 7,2% do levantamento anterior. Os que não souberam ou não responderam somam agora 6,5% (eram 7,4% em julho).

É importante ressaltar que o cenário sofreu várias mudanças nos últimos meses, o que torna mais difícil a comparação. Em relação a julho, por exemplo, houve a saída de dois candidatos: André Janones (Avante), que tinha 2,9% naquele mês e anunciou apoio a Lula em seguida, e Luciano Bivar, que aparecia zerado no mês passado e foi substituído por Soraya Thronicke pelo União Brasil. Além disso, houve a entrada de Jefferson no levantamento.

Votos válidos

A melhora de Bolsonaro nos índices torna mais difícil a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro turno. Em Minas Gerais, ele está agora com 51,1% dos votos válidos. Para conseguir vencer sem a necessidade de uma segunda etapa um candidato precisa alcançar 50% mais um voto. Jair Bolsonaro, por sua vez, tem 38,1% dos válidos. Como a margem de erro é de 2,19 pontos para mais ou para menos, não é possível dizer que os mineiros dariam uma vitória a Lula no primeiro turno.

Espontânea

A recuperação de Jair Bolsonaro em Minas Gerais também aparece no cenário espontâneo, quando o eleitor aponta seu candidato sem uma lista para auxiliá-lo. Esse tipo de levantamento mede o voto mais consolidado. Nele, Lula oscilou de 38,6% para 39,4%, enquanto Bolsonaro passou de 26,9% para 30,6%. Bem distante deles, Ciro Gomes registrou 1,8%. Simone Tebet (MDB) ficou com 0,8% e outros nomes diversos foram citados por outros 0,8%. Os que não votaram em ninguém, que declaram voto em branco ou nulo, no caso da pesquisa espontânea, são 8,3%. Os que não souberam ou não responderam somam 18,1%.

Segundo turno

A corrida eleitoral para um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro também registrou um acirramento, de acordo com o DATATEMPO. Os números mostram que, entre julho e agosto, o ex-presidente Lula passou de 52% para 50,1%. Já Bolsonaro foi de 34,3% para 37,9%. Com isso, a distância encolheu de 17,7 pontos para 12,2 pontos. Em maio essa vantagem havia chegado a 20,7 pontos percentuais.

Na disputa entre os dois, os que pretendem votar em branco, nulo ou que dizem não ter interesse de votar em ninguém são agora 8,6% (eram 10,2% em julho). Os que não souberam ou não responderam oscilaram de 3,5% para 3,4%.


Considerando apenas os votos válidos, Lula teria, hoje, 57% das intenções no segundo turno, enquanto Bolsonaro ficaria com 43%.

Potencial de voto

O cenário de possibilidade de voto e recusa a escolher os candidatos caminhou mais ou menos na mesma linha das pesquisas espontânea e estimulada, com variações dentro da margem de erro para os índices, num cenário de leve melhora para Jair Bolsonaro. Ainda assim, hoje, o ex-presidente Lula tem um teto maior de votos do que o atual presidente.

De acordo com o DATATEMPO, em relação a Lula, os que votariam nele com certeza são hoje 42,9%. Além disso, há outros 12,7% que dizem que poderiam votar no petista, perfazendo um total de 55,6% de potencial de voto. Em contrapartida, 41,6% afirmam que não escolheriam o ex-presidente em nenhuma hipótese. Com relação a Bolsonaro, os que votariam com certeza são 32,1%. Já os que poderiam votar são 11,7%, perfazendo um potencial de voto de 43,8%. Por outro lado, 52,9% afirmam que não votariam no presidente de jeito nenhum.

Os potenciais de voto em outros nomes, como Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), são bem menores. Ciro, em razão da rejeição alta, com 47,4% afirmando que não votariam nele de jeito nenhum. Simone Tebet, por conta do desconhecimento de seu nome, que chega a 66,2% do eleitorado. Com isso, o potencial de voto nela é de apenas 8,6% e nele é de 33,7%.

 

Dados de registro

A pesquisa DATATEMPO foi contratada pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Os dados foram coletados de 11 a 16 de agosto de 2022, por meio de 2.000 entrevistas domiciliares em todas as regiões do Estado. A margem de erro do levantamento é de 2,19 pontos percentuais para mais ou para menos. O intervalo de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-03361/2022 e no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) sob o número MG-01547/2022.

 

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