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Bizarro

Prefeito diz que não pagou R$ 600 mil e nega multa a Gusttavo Lima

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Apesar da previsão contratual de pagamento de R$ 600 mil ao cantor Gusttavo Lima na assinatura do documento, a prefeitura de Conceição do Mato Dentro reafirmou que não pagou nenhum valor ao artista. O valor corresponde a 50% do que seria pago ao sertanejo e à dupla para a realização de shows na cidade. As informações são do jornal O Tempo.

O mesmo posicionamento diz respeito à apresentação da dupla Bruno e Marrone, contratada por R$ 520 mil, mas também cancelada. Neste caso, o montante que deveria ter sido pago no ato da assinatura era de R$ 260 mil.

Em contato por mensagem com a reportagem de OTempo, o prefeito da cidade da região Central de Minas, José Fernando Aparecido (MDB), disse que não “haverá qualquer pagamento de multa”. O chefe do Executivo ainda reiterou que “não houve pagamento de parcela no ato de assinatura” e que, por isto, o entendimento do município é de inexistência quanto ao pagamento de punição.

A versão do prefeito é a mesma da equipe do sertanejo Gusttavo Lima. A reportagem ligou no celular da Balada Eventos e Produções e um homem chamado Marcos, que disse cuidar da área comercial da carreira do cantor, afirmou que nenhum valor foi repassado pela prefeitura. “Não entrou nenhum real, o contrato estava sendo feito ainda”, afirmou o homem, mesmo com o contrato já assinado e publicado.

Procurada, a assessoria de imprensa de Gusttavo Lima não atendeu aos telefonemas e nem respondeu mensagens para confirmar a versão apresentada pelo representante da Balada Eventos. Já a assessoria da dupla Bruno e Marrone foi questionada, por e-mail, mas também não se posicionou.

Em nota publicada em perfil no Instagram, a prefeitura de Conceição do Mato Dentro também afirmou que não houve pagamento aos artistas. “Da mesma forma, não haverá incidência de multa pelos cancelamentos, já que a previsão contratual exige motivos injustificados, o que não acontece no caso”.

O texto ainda diz que as informações divulgadas sobre o cancelamento dos shows desconhecem as formas de utilização dos recursos da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) que, segundo a prefeitura, “autoriza gastos com fomento econômico, bem estar social, Turismo, diversificação econômica, saúde, educação e outros”.

A Agência Nacional de Mineração (ANM), entretanto, afirma que a verba só pode ser utilizada “na forma de melhoria da infraestrutura, da qualidade ambiental, da saúde e educação”.

Multa

Vale destacar que os contratos assinados entre a prefeitura de Conceição do Mato Dentro e o cantor Gusttavo Lima e a dupla Bruno e Marrone não deixam claro sobre qual valor de multa e em quais condições a verba indenizatória deve ser paga pela administração municipal aos artistas pelo cancelamento dos shows.

Em consulta aos documentos, que estão disponíveis no site da prefeitura, a cláusula que trata das penalidades diz que: “A suspensão ou rescisão deste contrato, pelas partes, acarretará para a parte infratora a multa de 50% (Cinquenta por cento) do valor da nota fiscal faturada”.

No entanto, o contrato não deixa claro se o possível valor de multa incide sobre a nota que seria faturada com o valor total da contratação, de R$ 1,2 milhão para Gusttavo Lima e R$ 520 mil para Bruno e Marrone, ou do total equivalente a 50% dos contratos.

Polêmica

As apresentações ocorreriam na 30ª Cavalgada do Senhor Bom Jesus do Matosinhos e foram canceladas pela prefeitura após a repercussão negativa do pagamento de milionário aos músicos.

O caso motivou a abertura de uma Notícia de Fato pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O procedimento vai verificar se há elementos para iniciar uma investigação de fato. Ao anunciar o cancelamento do show, a prefeitura de Conceição do Mato Dentro afirmou que houve tentativa de envolver a cavalgada “em uma guerra política e partidária que não tem nenhuma ligação com o município e nem tampouco com a tradicional festa”.

Foto: imagem ilustrativa web

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