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60º BPM


“Faça o melhor com as condições que tem, até ter condições de fazer o melhor ainda”

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Em entrevista exclusiva o novo comandante do 60º BPM fala sobre sua filosofia de trabalho, e as perspectivas de atuação da PM em Nova Serrana

A Polícia Militar (PM) vem ao longo dos últimos anos fazendo um trabalho de excelência quanto à redução de criminalidade em Nova Serrana.

A cidade que por anos foi conhecida como uma das mais violentas do Estado tem alcançado significativos resultados quando o assunto é redução da criminalidade, e parte destes resultados passa pelo trabalho dos militares do 60º Batalhão de Polícia Militar.

Nos últimos anos a corporação além de ter uma tropa aguerrida contou com comandantes comprometidos com o bem estar social, e foi justamente neste cenário, de um trabalho de redução dos índices de violência constantes que o 60º BPM, recebe seu novo comandante.


Desde o dia 26 de janeiro, o Batalhão que atende as cidades de Nova Serrana, Perdigão, Araújos, Leandro Ferreira, Conceição do Pará e Pitangui, tem um novo comandante, que foi transferido da capital mineira, para assumir o guardião do cercado.

A reportagem deste Popular, foi até o 60º BPM e esteve frente a frente com o Ten. Cel. Hebert Ferreira Lanza Avelar, novo comandante da unidade, e traz uma entrevista exclusiva que mostra, as perspectivas, comprometimento e a filosofia de trabalho que está sendo empregada, visando a continuidade da redução de criminalidade em Nova Serrana e demais cidades atendidas pela unidade. Confira.

Comandante, para começar, fale para a gente por favor um pouco de sua história, trajetória, o caminho que traçou para chegar até aqui?

Eu sou natural de Sete Lagoas, antes de entrar na Polícia Militar trabalhei um tempo na iniciativa privada e ingressei na PM no início de 96. Servi em Sete Lagoas por um bom tempo, primeiramente como Sargento, depois fiz o curso de Oficial, retornei a Sete Lagoas e trabalhei lá até ser promovido a Capitão. Dai fui para a corregedoria da PM em BH. Na capital também servi por mais de uma vez no estado maior da PM, assessorando o Comandante Geral na atividade de planejamento operacional e também na atividade de assessoria de inteligência. Servi também no 22º BPM e com a promoção fui designado aqui para comandar o 60º BPM, de forma bem resumida seria essa minha carreira.

Por falar nessa promoção, muita gente visualiza a atuação na capital e acaba que não veem com a mesma importância o comando no interior. Como foi essa escolha e promoção para que você viesse para este batalhão locado em Nova Serrana?

Isso é obra do planejamento estratégico da PMMG, a escolha de uma comandante ela não é aleatória, então acredito eu que a minha escolha em comandar Nova Serrana, partiu justamente desta experiência que tive ao longo da minha carreira, tanto na atividade operacional de alto risco quanto no serviço de inteligência. O que isso tem a ver com Nova Serrana, a cidade é pujante, com alto índice de crescimento pelo Estado e pelo histórico de criminalidade que aqui já teve, então buscam comandantes que tenham um perfil que se adéque a essa realidade.  Acredito que minha vinda para Nova Serrana passa por uma escolha criteriosa da corporação e da relevância que é comandar o 60º. Diante disso eu me senti honrado, porque para comandar uma cidade, com esse perfil, eu penso que não escolheriam qualquer um.

Comandante, o senhor mostrou até aqui que já tem um conhecimento bem sólido do perfil da cidade. Antes de ser indicado para assumir o comando do 60º BPM já conhecia Nova Serrana; quais as informações você tinha de NS e as demais cidades?

Outrora já havia passado por aqui, de passagem mesmo. O que eu tinha de conhecimento da cidade primeiro, era que ela é referencia no polo calçadista a nível nacional, todo mundo conhece Nova Serrana por ser um polo na indústria do calçado e por ser uma das cidades que mais cresce em Minas quiçá no Brasil, essa era a noção que tinha de Nova Serrana, a importância dela em nível de Estado e país.

Agora já estando há pouco mais de duas semanas à frente do comando da unidade quais são as primeiras impressões sobre o 60º BPM?

Se tratando da tropa, foi uma grata surpresa, uma das impressões boas que tenho quando cheguei é de ver o quanto é comprometido o efetivo da Polícia Militar em Nova Serrana. A tropa é muito comprometida, é o senso de pertencimento, mesmo com muitos policiais não morando aqui, a grande maioria tem muito senso de pertencimento e isso é muito bom.

E se tratando da cidade, quais foram as suas impressões sobre de Nova Serrana?

Sem dúvidas outra coisa que me saltou aos olhos foi o acolhimento que tive aqui, foi fantástico, todos com quem tive contato, do mais simples que trabalha no batalhão até as autoridades constituídas, empresários. O que mais me saltou aos olhos é o envolvimento, não só das autoridades constituídas, mas da sociedade civil organizada, o envolvimento delas em pensar Nova Serrana estar preocupado com o desenvolvimento da cidade, pensando ela no futuro, envolvidas na resolução dos problemas da cidade, isso me salta aos olhos.

Comandante quando você narrou sua trajetória ficou claro sua experiência na capital, de uma área de muito trabalho no enfrentamento à criminalidade. Em suas primeiras impressões quais serão seus principais desafios aqui em Nova Serrana e região?

Graças a Deus em Nova Serrana não podemos falar que temos favela em comparação com as grandes de BH, há locais com habitação mais adensada, construções mais humildes, mas não se pode falar em favela, que é um local muito complexo não só no ambiente de segurança pública, mas também da vida social. Para mim o principal desafio está na ação de presença da PM, eu preciso estabelecer uma estratégia, de forma que possa nos permitir uma ação de presença em toda a cidade, especialmente naqueles locais de maiores riscos, de criminalidade, esse é o grande desafio.

Diante desta percepção você e o serviço de inteligência do 60º BPM, tem traçado as estratégias de atuação?

Sim, dai as ações e operação, são operações que o principal objetivo é potencializar a ação de presença, o contato com a comunidade ordeira a fim de resultar no monitoramento melhor destas áreas. Se eu estabeleço de forma estratégia no cenário de operações, uma presença maior, eu consigo monitorar o fenômeno criminal de forma mais fácil. Essa participação da comunidade é essencial. O Policial Militar estando mais próximo ele consegue estabelecer, com mais facilidade uma relação de confiança com a comunidade e dai surgem informações, importantes daquela localidade que nos permite, atuar de forma mais precisa. Diante disso já desencadeamos ações como a Patrulha Unitária e Vigilante do Cercado, ação de presença para potencializar a ação de presença no município com as operações. Vale evidenciar que a expansão do sistema “Olho Vivo” vai multiplicar os olhos da segurança pública e otimizar o emprego do policiamento.

Finalizando, o que a população pode esperar da PM enquanto você como comandante estiver a frente do 60º BPM?

Eu tenho uma frase que gosto muito, que me serve de norte, não é minha, mas acabei adaptando para minha atividade. O filosofo Mário Sergio Cortela tem uma frase que gosto muito, “faça o melhor com as condições que tem, até ter condições de fazer o melhor ainda”. Todo dia enquanto eu tiver acordado eu penso sempre em fazer o meu melhor com as condições que tenho até ter condições de fazer melhor ainda. Fazer o melhor não é ser medíocre, a mediocridade leva a gente a fazer o possível, eu não faço o meu possível eu procuro fazer o meu melhor, desde o primeiro dia que aqui estive até o ultimo eu quero fazer o meu melhor com as condições que tenho até ter condições de fazer melhor ainda, esse será um resumo bem próprio da minha gestão e atuar contando com o apoio da população, das autoridades constituídas, Poder Judiciário, Ministério Público, Poder Executivo, apoio do Poder Legislativo, com todas as autoridades constituídas com uma sinergia, para fazer o melhor, seria esse o nosso propósito.

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