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Defesa civil

Grupos de resgate voluntário de cidades do Centro-Oeste de Minas retomam atendimentos

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Ambulâncias do Grupo G3 Resgate — Foto: Reprodução/TV Integração

Ambulâncias do Grupo G3 Resgate — Foto: Reprodução/TV Integração

Os grupos voluntários de resgate de Minas Gerais voltaram a prestar os atendimentos nesta sexta-feira (4) após dois dias de atividades suspensas devido a uma portaria publicada pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMMG). Na região Centro-Oeste, três cidades contam com o serviço.

Dentre as exigências, a portaria estabelecia que os grupos fossem formados por profissionais da área da saúde e que as instituições deveriam ser credenciadas. Em reunião realizada nesta sexta, foi feito um acordo e os atendimentos foram retomados.

Em nota, o CBMMG informou que, durante a reunião, representantes de alguns grupos se comprometeram a encaminhar, em até 10 dias, a documentação necessária para o credenciamento. Segundo os bombeiros, durante o processo, não serão aplicadas as sanções previstas na legislação.

A corporação aproveitou para esclarecer que em nenhum momento os atendimentos foram proibidos, apenas o credenciamento era proposto e que, dessa forma, a paralisação foi uma decisão independente dos voluntários.

O órgão disse ainda que intermediará junto à Secretaria de Saúde a possibilidade de autorização de pessoas que não são profissionais de saúde a atuar no atendimento pré-hospitalar, desde que haja um gestor técnico responsável.

Segundo o vice-presidente da Associação de Bombeiros Voluntários e Equipes de Resgate voluntários do Estado de Minas Gerais (Volunterminas), Marcos Campolina, que também é coordenador operacional do grupo “Anjos do Asfalto” de Pará de Minas, através do credenciamento, a associação ficará responsável por acompanhar os grupos.

“Infelizmente, por se tratar de um trabalho voluntário, a gente não consegue manter na equipe o tempo todo à disposição somente profissionais da área da saúde, como a portaria estabelecia, mas nós entendemos que o Corpo de Bombeiros é uma instituição séria que, assim como nós, quer o melhor nos atendimentos para a população. Por isso, a partir de agora, a Volunterminas vai acompanhar os grupos credenciados e só vai trabalhar nos atendimentos quem tiver qualificação, competência e condições”, afirmou.

Paralisação

Base em Pitangui — Foto: Reprodução/TV Integração

Base em Pitangui — Foto: Reprodução/TV Integração

Na região Centro-Oeste de Minas, três cidades que contam com o serviço foram afetadas pela suspensão das atividades na última quarta-feira (2). As instituições estão localizadas em Pitangui (G3 Resgate), Pará de Minas (Anjos do Asfalto) e Cláudio (Resgate Voluntário). Os grupos geralmente são formados por bombeiro civil, guarda-vidas e socorristas, que desempenham atividades auxiliares ao Corpo de Bombeiros.

Das três cidades, apenas Pará de Minas conta com uma unidade do Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os outros dois municípios são atendidos por corporações de cidades vizinhas.

Em Pitangui, o atendimento é feito pela corporação de Nova Serrana. Já em Cláudio, as ocorrências são direcionadas para a unidade do Corpo de Bombeiros de Oliveira. A distância média entre as cidades é de 45 minutos, desta forma os grupos voluntários prestavam atendimento auxiliar visando a agilidade no socorro das vítimas.

Entretanto, uma portaria publicada pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais em julho de 2018 estabeleceu uma série de exigências a serem cumpridas pelos grupos voluntários.

Na época, em entrevista ao MG1, o coordenador operacional do G3 Resgate de Pitangui, Edson Souza, informou que a associação estadual de grupos voluntários, composta por uma média de 15 a 30 instituições, procurou a Justiça para tentar reverter a decisão.

Portaria

A portaria publicada pelo Corpo de Bombeiros estabelece que as equipes voluntárias de atendimento pré-hospitalar sejam compostas por profissionais da área da saúde, sendo médico, enfermeiro, técnico de enfermagem ou auxiliar, todos com o respectivo registro profissional.

Ainda conforme a portaria, cada veículo de emergência deve ser ocupado por no mínimo dois voluntários, sendo um motorista, um médico ou profissional de enfermagem. As instituições deverão ainda se credenciar ao CBMMG.

Ofício foi emitido pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais  — Foto: G3 Resgate/Divulgação

Ofício foi emitido pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais — Foto: G3 Resgate/Divulgação

  • Fonte: G1 Centro-Oeste de Minas e MG1
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