A vacinação infantil é segura
Ainda no mesmo dia, Rosana Leite de Melo, secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, assinou uma nota destinada ao Supremo Tribunal Federal (STF), defendendo que a vacinação infantil contra a doença pandêmica é segura para a faixa etária indicada, principalmente porque houve uma ampla pesquisa para que se chegasse à aprovação.
“Antes de recomendar a vacinação [contra a] Covid-19 para crianças, os cientistas realizaram testes clínicos com milhares de crianças e nenhuma preocupação séria de segurança foi identificada”, pontua o documento. Rosana ainda escreve que a liberação do imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no dia 16 de dezembro, foi feita de maneira rigorosa e com a cautela demandada.
Por meio desta nota, o ministro do STF, Ricardo Lewandowski, determinou que o Ministério da Saúde deve apresentar um cronograma da imunização infantil contra Covid-19 até o dia 5 de janeiro – data que já havia sido comentada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Além de prestar uma explicação sobre a orientação de que os pequenos sem comorbidades só seriam imunizados com uma prescrição médica.
A compra de doses pediátricas
Como foi divulgado pela Anvisa no dia da aprovação da vacina Pfizer para a população pediátrica, os pequenos receberão duas doses de 10 microgramas (µg) cada, em um intervalo de 21 dias. E para não haver confusão entre os frascos para adultos, adolescentes e crianças, a embalagem do imunizante infantil terá a tampa e o rótulo laranjas.
Já em relação a compra destas doses diferentes, a farmacêutica informou à CNN que prevê entregar as vacinas infantis em janeiro de 2022, data que dialoga com o possível cronograma do Ministério da Saúde. Até o momento, o governo brasileiro já assinou a compra de 100 milhões de doses do imunizante para o próximo ano e, no contrato, está previsto o fornecimento de versões diferentes da vacina, se for preciso, como é o caso da pediátrica.