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Combustíveis e suas mazelas!

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Seguramente nalgum momento, você festejou o informe relacionado à contração dos preços dos combustíveis, propalada por nossa principal estatal, a Petrobras; o elevado custo de vida nesta terra de Santa Cruz alcançaria um alívio, visto que esse insumo infla o espremido orçamento doméstico de nossas gentes diretamente, além de fazê-lo também, por um infindo leque de outras vertentes. Porém, essa “benesse” ainda é algo longínquo do nosso cotidiano.

Essa redução, porém, não tem chegado ao consumidor final, é represada nos postos e  principalmente, nas distribuidoras. Para o “cliente”, por ora, a queda no litro do combustível é próxima a zero.

A precificação final dos combustíveis é composta a partir de condicionantes como estrutura de custos fixos e variáveis, carga tributária, política comercial, concorrência etc.

O valor pago pelo consumidor final não está sob gestão da Petrobras e é composto por 4 fatores: preços do produtor ou importador de gasolina “A”, correspondendo a 27%, carga tributária, despropositais 45%,  custo do etanol anidro obrigatório, 12% e  margens da distribuição e revenda, 16%.

Desde 2016, a Petrobras adota uma política de preços para os combustíveis, reajustando-os em conformidade com a tendência do mercado internacional do petróleo, uma conta que inclui a cotação do barril e o valor do dólar em relação ao real.

Como as duas variáveis dispararam nos primeiros meses do ano, o mesmo aconteceu com o preço da gasolina Brasil afora. Entre janeiro e setembro, a majoração do combustível pela Petrobras chegou a 33%, passando a declinar desde então.

Dado o alívio no preço internacional do barril de petróleo e também na cotação do dólar frente ao Real, o preço da gasolina produzida pela Petrobras caiu 26% nas refinarias de setembro para cá, depois de bater recordes históricos nos meses anteriores, sendo que o litro produzido e vendido pela Petrobras nas refinarias, atingiu seu ápice em setembro, sendo negociado a R$ 2,251.

Desde então, a estatal vem reduzindo paulatinamente o valor praticado, sendo hoje comercializado a R$ 1,662, uma significativa redução no período, de R$ 0,59. Nas distribuidoras, ao longo do período considerado, o desconto em centavos foi de apenas R$ 0,14 e, nos postos, míseros R$ 0,04.

Vale ressaltar que os preços dos combustíveis são livres em todos os segmentos. A Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes) não interfere no mercado. Cabe a cada posto revendedor decidir se irá repassar ou não as variações ao consumidor, de acordo com suas estruturas de custo, e políticas próprias de formatação de preços.

Fica o desapontamento, constatado pela “dificuldade” de experenciarmos a redução dos preços nas bombas; as mesmas variáveis que explicam o encarecimento, não são plausíveis, no tocante à diminuição.

Culturalmente temos uma desmedida facilidade de majoração de preços, desde os sombrios tempos de inflação galopante, o mesmo não se aplica à redução; somos resistentes à rever os valores para menor.

Resta-nos ansiar pela positividade do mercado, mantendo em patamares razoáveis, as commodities, e a cotação da moeda americana, e assim, pavimentar o utópico, combustíveis a preços mais próximos do aceitável.

Abençoada semana, Graça e Paz

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