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Abuso Sexual

Mulher que cortou pênis de homem afirma ter sido estuprada por sete meses

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A mulher de 59 anos que cortou 80% do pênis de um homem, sobrinho do marido dela, no distrito de Bichinho, em Prado, no Campo das Vertentes, afirmou à família que os abusos sexuais contra ela aconteciam há cerca de sete meses . Nesta quinta-feira (11/11), a reportagem de O TEMPO entrevistou um parente da dona de casa que chegou ao imóvel após a agressão.

O caso foi registrado pela Polícia Militar na noite de domingo (7), quando os agentes foram acionados na Santa Casa de Prados para onde o homem foi levado com ferimentos e sangramento no pênis e no testículo direito.

“No domingo à noite, ela entrou em contato comigo falando que não estava bem e precisava de mim lá. Troquei de roupa e fui. Fui entrando e, de cara, vi uma poça de sangue nos fundos da cozinha. Fiquei apavorado e a encontrei em estado de choque. Ela contou que estava do lado de fora da casa quando houve a tentativa de abuso e ela se protegeu utilizando uma faca. Ela pegou essa faca de cozinha e passou no pinto dele”, disse um familiar, que pediu para não ser identificado.

Sexo oral 

Conforme o boletim de ocorrência da Polícia Militar, a mulher contou que foi surpreendida pelo sobrinho do marido, que a agarrou dizendo que estava com saudade e tentou induzi-la a fazer sexo oral. Ela disse ao homem que só iria buscar um papel e aproveitou para pegar o objeto. A dona de casa chegou a abaixar como se fosse fazer o que foi pedido e, nesse momento, usou a faca.

O companheiro da mulher tem 75 anos e está acamado. Ainda conforme o relato dela aos parentes, o homem aproveitava da condição do tio para praticar os abusos. “Nos últimos dias, percebemos que ela estava amarrando cordas nas portas, mas não disse o que estava acontecendo e estava muito depressiva. Ela contou na delegacia que ele pulava cerca, janela e invadia a casa. Se escondia antes dos abusos. Nós não tínhamos contato com ele, não sabíamos dos fatos”, detalhou o parente.

A mulher, que disse à polícia que temia denunciar o crime, precisou deixar a casa junto com o marido. Segundo o parente ouvido pela reportagem, a família está sendo ameaçada pelas redes sociais, onde internautas sugerem o linchamento dela.

“Ela e o marido estão recebendo muito carinho. Estamos em estado de choque até agora. Para gente, como família, é difícil ter forças para lidar com isso, mas estamos tentando”, finalizou.

Estado de saúde

Devido à gravidade das lesões, o homem foi transferido para a Santa Casa de São João Del Rei. A instituição não informa o estado de saúde dos pacientes.

Investigação 

Procurada, a Polícia Civil informou que a mulher foi “ouvida e teve a prisão em flagrante ratificada por lesão corporal grave. Com os procedimentos de exame pericial requisitados tanto para a vítima, de 41 anos, quanto para a mulher, os fatos estão sendo apurados pela Delegacia de Polícia Civil em Prados, onde foi instaurado Inquérito Policial e a investigação segue em andamento”.

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que a mulher deu entrada no Presídio de Barbacena I no dia 9 de novembro e foi liberada no mesmo dia mediante alvará de soltura expedido pela Justiça.

Reimplante ou reconstrução podem ser realizados em caso de amputações

Em caso de amputação pode ocorrer reimplante ou reconstrução do pênis. No entanto, é necessário avaliar cada caso.  Para que seja realizado o reimplante é preciso que a porção que foi amputada seja conservada em um recipiente que contenha gelo. Caso não seja possível, é necessário fazer uma reconstrução do órgão.

“O pênis nada mais é que três cilindros onde circula sangue. Quando o pênis está ereto ainda tem mais sangue e, mesmo flácido, só não vaza porque tem um tecido que mantém o sangue lá dentro. Quando o órgão é amputado, esse sangue perde essa solução de continuidade”, explicou o urologista Ubirajara Barroso, membro da Escola Superior de Urologia da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

De acordo com Barroso, a amputação pode ser parcial, quando resta algum coto, ou total quando se tira até a base. “Tudo depende muito de que porção foi amputada. Se foi só na porção da glande, que é a cabeça do pênis, é possível que permita-se ainda a penetração, mas isso é a minoria. Na maior parte das vezes, a penetração é impossibilitada. Geralmente, a função de ereção permanece, algumas vezes é possível a masturbação, inclusive o orgasmo, só que perde-se a sensibilidade da glande”, afirmou.

Segundo o urologista, o serviço é oferecido no Sistema Único de Saúde (SUS) e pode ser realizado cerca de três meses após a amputação. A liberação da masturbação e relação sexual é realizada três meses após o procedimento.

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