Divinópolis
Prefeitura de Divinópolis denuncia Hospital São João de Deus por suspeita de superfaturar centenas de procedimentos médicos (vídeos)
Após o caso das vans envolvendo as emendas do deputado federal Léo Motta (PSL), novamente o CSSJD (Complexo de Saúde São João de Deus) pode ser ver envolvido em um novo escândalo, isso por que na prestação de contas da Secretaria de Saúde de Divinópolis, que ocorreu na última quarta-feira (15/09) no plenário da Câmara de Vereadores, com a presença do secretário Allan Rodrigo, e por ele também endossada a denúncia, o diretor de Regulação em Saúde Érico Souki fez pesadas e graves acusações ao Hospital São João de Deus (HSJD), ao declarar e exibir documentos que comprovam uma série de irregularidades nos lançamentos de cobranças de procedimentos médicos, que seriam efetivadas, caso a “Inteligência”, assim ele definiu a auditoria executada, não houvesse descoberto em tempo a indevida cobrança – Por exemplo, um procedimento com o valor real de R$ 13.000,00 estava na planilha de cobrança do hospital, para ser cobrado ao SUS o valor de R$ 36.000,00, portanto com uma diferença à maior de R$ 23 mil reais, e só não foi efetivada, segundo o diretor, por que foi descoberto antes, pela “inteligência”.
Quando Érico foi questionado por um dos vereadores, se tal irregularidade poderia ser considerada como superfaturamento, tanto ele quanto o secretário afirmaram que não podem caracterizar desta forma, pois não tem informação conclusiva que tais atos são cometidos intencionalmente, que para chegar a uma afirmação conclusiva seria necessário que houvesse uma investigação.
Secretário Allan Rodrigo
O fato é que, segundo as explicações da Diretoria de Regulação, o Hospital apresenta uma conta por um procedimento que não foi feito. Erico exemplificou com um caso de cranioplastia, que tem um custo quando é feito usando o próprio osso do crânio do paciente e outro custo quando é feito com outros materiais. Um tem o valor de aproximadamente R$ 2 mil reais, porém, diz Érico “o hospital cobra um procedimento de cranioplastia que não foi feito” – E seguiu em sua explicação: “O nosso médico supervisor detecta que o procedimento cobrado não é o correto e com isso ele glosa a cranioplastia que tem um custo bem mais caro de R$ 5 mil a R$ 10 mil reais”.
Os vereadores que estiveram presentes na prestação de contas, e que foram atuantes, questionaram se esses tipos de lançamentos maiores do que de fato foi feito no paciente, não estaria ocorrendo há muitos anos. E com isso lesando os cofres públicos. O secretário, e o diretor afirmaram não saber, e que é preciso fazer o levantamento de tal situação, porém, o diretor de regulação se adiantou e disse ser provável que existam centenas de casos como os que foram detectados pela “inteligência”.
Durante a Reunião Ordinária da Câmara na última quinta-feira (16), alguns vereadores que também estiveram na prestação de contas da Secretaria de Saúde, se pronunciaram preocupados com o caso, entre eles, o vereador Ademir Silva, Lohanna França, Edsom Sousa, Israel da Farmácia, e Rodyson do Zé Milton.
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Fonte: Divinews