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Efeito Dilma, caciques de fora, lição das eleições 2018, jogo sujo
EFEITO DILMA, CACIQUES DE FORA, LIÇÃO DAS ELEIÇÕES 2018, JOGO SUJO
Passado o primeiro turno das eleições gerais, é possível perceber que uma grande e bela lição nos foi apresentada. Políticos de carreira, envolvidos em escândalos, boa parte filiados a partidos considerados referências, representando boa parte das bancadas do parlamento, para nossa grata surpresa e felicidade geral da nação, pelo menos para o próximo mandato, simplesmente desaparecerão.
EFEITO DILMA
O que aconteceu em Minas Gerais com a ex-presidente Dilma Rousseff, se repetiu pelo país afora. Nomes conhecidos do eleitor brasileiro, boa parte pelo seu envolvimento em crimes de corrupção, farão companhia a ex-candidata ao Senado por Minas, que nas pesquisas liderava a corrida, porém na votação, não passou de um acanhado quarto lugar no geral.
CACIQUES DE FORA
A lista dos caciques, tradicionais figurões da política brasileira, que deixarão de estar ocupando uma cadeira no parlamento no próximo mandato é extensa. Saem pelas portas dos fundos o atual Presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB) que ficou em terceiro lugar no Ceará, o seu vice Cassio Cunha Lima (PSDB), em quarto na Paraíba, Edson Lobão (MDB-MA), Garibaldi Alves (MDB-RN) e Romero Jucá (MDB-RR), entre outros.
OPOSITORES A TEMER
Mesmo os Senadores que lideraram oposição ao Presidente Michel Temer, também não tiveram vida fácil nestas eleições. Roberto Requião (MDB-RJ) e Lindbergh Farias (PT-RJ), também ficaram de fora da próxima legislatura e irão se juntar a Magno Malta (PR) e Ricardo Ferraço (PSDB), ambos do Espirito Santo.
O ANTAGONISTA
Já Renan Calheiros (MDB-AL) ex-presidente do Senado que rompeu com Temer logo no início, que mesmo sendo do seu partido, tornou-se um dos seus maiores desafetos, fazendo inclusive campanha para o ex-presidente Lula, condenado e preso na operação Lava-jato, garantiu um novo mandato na segunda vaga por Alagoas.
REDE E PSL SURPREENDEM
Se uns perdem outros ganham. Na disputa para o Senado a REDE e o PSL surpreenderam. A REDE SOLIDARIEDADE elegeu seis senadores (tinha apenas um), já o PSL do presidenciável Jair Bolsonaro, que não tinha nenhum, agora contará com quatro Senadores.
LIÇÃO DAS ELEIÇÕES 2018
Sem dúvidas as eleições ficarão marcadas como uma das mais atípicas e surpreendentes em toda história da democracia brasileira. Os desempenhos de Jair Bolsonaro, de Wilson Witzel no Rio de Janeiro, Romeu Zema em Minas Gerais, entre outros, nos remete a agradável sensação do fim do Coronelismo que monopoliza as eleições no Brasil, em todas as suas esferas.
RECADO DADO
Não há como negar que os resultados em primeiro turno das eleições atuais, deixou um claro recado aos ocupantes de cargos públicos de que o nome ou a tradição não garantem uma recondução a uma eleição futura. O bom desempenho em pesquisas não é garantia de imunidade a um revés no dia da eleição. Os eleitores estão enxergando que se foi o tempo em que cargos públicos eram ocupados por corruptos e amadores. A ocupação de cargos públicos por gestores com perfil técnico tem se tornado a bola da vez. Uma análise um pouco mais aprofundada nos faz crer que a profissionalização da política aliada a medidas constantes contra a corrupção nos credencie a sonhar com dias de mais “ordem e progresso”. A quem está ou pretende entrar para a política é bom aproveitar o tempo que lhe resta e se aperfeiçoar para não ser surpreendido.
JOGO SUJO
A campanha de segundo turno, tanto no âmbito federal como estadual tem demonstrado um nível bem abaixo do esperado. Muito aquém do que foi apresentado no primeiro turno e muito distante do que se esperava para uma eleição geral. Os ataques centrados a Bolsonaro muito utilizado pelo PT e PSDB não surtiram os efeitos esperados. A estratégia utilizada especialmente pelos partidos que compunham o “centrão” foi tão desastrosa que durante a campanha viu seus números nas pesquisas caírem vertiginosamente, adquirindo ao final do primeiro turno menos de 5% de votação. Já o PT de Fernando Haddad se comporta como um cameleão, ora tem a imagem colada ao ex-presidente Lula, ora não o quer mais, o vermelho foi substituído pelo verde e amarelo, como se não bastasse uma ateia convicta como que num passe de mágica se torna uma católica praticante e fervorosa. O que não resta dúvida é que o bom debate e a discussão de novos projetos, ideias, propostas que realmente convençam o eleitor em momento algum foram levadas a mesa.
DESESPERO
Em Minas soa como um desespero patrocinado uma publicação divulgada recentemente por um jornal de grande circulação. A noticia daria conta de que o candidato Romeu Zema teria praticado abuso sexual contra uma criança em 2012, o que causa estranhamento é que se tratando de um possível crime praticado em 2012 somente agora vem à tona. Quando o candidato aparecia nas pesquisas oscilando entre 2 e 3 por cento, tal circunstancia não era sequer ventilada. Ao que tudo indica a surpreendente votação em primeiro turno abalou as estruturas de antigas figuras que se veem acuadas sem saber como reagir a uma possível derrota.
URGÊNCIA NA ONCOLOGIA
Cobrado na última reunião ordinária da câmara municipal celeridade no atendimento e encaminhamento de pacientes em tratamento oncológico. Sensíveis a diversos pedidos de intervenção por familiares e até dos próprios pacientes que necessitam do referido tratamento, alguns vereadores foram enfáticos cobrando agilidade da secretaria municipal de saúde e denunciando um possível favorecimento a pacientes de Pará de Minas, que segundo os mesmos é responsável pelo encaminhamento de pacientes a unidades de tratamento como ACCOM.