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Saiba quais são as reações mais comuns às vacinas e o que fazer com os sintomas

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Todas as vacinas contra o coronavírus disponíveis no Brasil são eficazes e seguras

A imunização contra a covid-19 e a chegada de novas vacinas ao Brasil tem gerado dúvidas em relação às possíveis reações colaterais e como elas devem ser tratadas. Até o momento, três imunizantes estão sendo utilizados no País: AstraZenecaCoronavac Pfizer. O Estadão conversou com dois especialistas para esclarecer algumas das questões sobre o assunto.

A infectologista da Unicamp, Raquel Stucchi, e o infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, Leonardo Weissmann, comentaram quais os sintomas mais comuns à vacinação e como é possível lidar com eles, que são consequência natural de qualquer imunizante. Além da segurança das vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), eles afirmam que o essencial é imunizar toda a população, sem distinção entre os laboratórios.

As reações aos imunizantes são comuns? Como lidar com elas?

É esperado que as pessoas que tomaram a vacina possam sentir indisposição, começando nas primeiras 24 a 48 horas depois de receberem a dose, com melhora prevista para poucos dias após a aplicação. Caso os sintomas persistam após o terceiro dia, é necessário ir ao médico para saber se não está com covid-19, porque eventualmente é possível que se tenha contraído o vírus antes de tomar a vacina.

Raquel Stucchi, afirma que qualquer vacina pode gerar sintomas leves como dorvermelhidão quentura no local da aplicação, além de febre dor no corpo. Esses sinais são solucionados com uma compressa de água fria e a ingestão de antitérmico e analgésico.

As reações da vacina acontecem justamente porque o sistema imunológico está trabalhando para proteger o indivíduo. O infectologista Leonardo Weissmann destaca que “a ausência de reações não é um problema nem significa falta de proteção”. “As vacinas são eficazes, independentemente de ter ou não ter efeitos adversos”, diz.

Não sentir nenhuma reação significa que a vacina não fez efeito?

Os dois fatos não estão interligados, afirmam os especialistas. “As pessoas ainda têm uma ideia errada em relação às reações que a vacina pode ocasionar. Ter sintomas ou ficar livre deles não tem nenhuma relação com a eficácia do imunizante”, comenta Weissmann.

O infectologista explica que ter reação ou não está associado ao organismo de cada um e não há uma explicação para esse fato. Raquel faz questão de informar que “não ter reação não significa que a vacina não fez efeito, ao mesmo tempo que ter não indica que você está mais protegido do que quem não teve”.

Devo tomar remédio se sentir febre após a vacina?

Os especialistas falam que sim. Não há nenhum problema em fazer o uso de medicamentos após ter tomado a vacina. Raquel diz que “os analgésicos e antitérmicos não cortam o efeito do imunizante”.

Em relação aos remédios que podem ser consumidos para alívio dos sintomas, Weissmann indica dipirona ou paracetamol, mas também faz um alerta sobre a quantidade consumida e que “quem optar pelo paracetamol, precisa ter muita atenção à dose máxima diária e ao intervalo entre elas”. “O uso incorreto pode causar efeitos adversos, como hepatite medicamentosa”, afirma.

As reações podem evoluir para algo grave?

Weissmann afirma essa é uma possibilidade, mas são casos isolados e extremamente raros. Segundo Raquel, “o que merece atenção são as reações alérgicas a vacinas de vetor viral, que podem ocasionar problemas temporários ou um quadro de alergia que ocasione em choque anafilático”.

Devo escolher o tipo de vacina baseado no meu histórico de reações?

A população, de maneira geral, não tem o direito de escolher qual vacina tomar. As únicas exceções são os casos de pacientes já diagnosticados com algum tipo de reação alérgica a um ou mais componentes da vacina, ou ainda, aqueles que manifestem quadros alérgicos muito graves, que ocasionam choque anafilático.

Os especialistas informam que todas as vacinas disponíveis são seguras e protegem contra o coronavírus. Elas obedecem critérios de segurança e eficácia da Anvisa e foram testadas e analisadas antes de serem distribuídas para o uso na população. “Não perca a chance de se proteger por querer escolher a vacina”, alerta Weissmann.

 

Fonte: Estadão Conteúdo

Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo

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