Os dados foram divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que usou como base os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. As duas tiveram apuração feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em novembro de 2020, últimos dados divulgados, cerca de 2,95 milhões de famílias brasileiras sobreviveram apenas com o dinheiro recebido do auxílio emergencial. O número equivale a 4,32% dos domicílios do país e foi cerca de 300 mil a menos do que em outubro.
A proporção de lares que dependem apenas do auxílio emergencial foi de 12,87% no Amapá, 9,59% no Piauí, 8,71% no Ceará, 8,31% no Maranhão e 8,29% em Roraima. Esses foram os estados com o maior índice.
Mesmo com o pagamento do auxílio tendo sido reduzido pela metade para milhões de beneficiários, de R$ 600 para R$ 300, a partir de setembro, o pagamento ainda foi suficiente para superar em 35% a perda da massa salarial entre os que permaneceram ocupados em novembro.
O montante pago pelo auxílio emergencial foi de R$ 21 bilhões em outubro para R$ 16,5 bilhões em novembro, diminuindo também a massa de renda efetiva dos lares brasileiros. Mesmo com a massa de renda efetiva obtida do trabalho aumentando e a proporção de lares que dependem apenas do auxílio diminuindo, a massa total de rendimentos dos domicílios diminuiu. O índice foi de R$ 274 bilhões em outubro para R$ 270 bilhões em novembro. Isso significa que o aumento na renda do trabalho não compensou a diminuição do auxílio.
Já a renda média total por domicílio caiu de R$ 3.851 em outubro para R$ 3.783 em novembro, representando uma diminuição de 1,76%. Nos lares com renda muito baixa, a diminuição foi de R$ 2,8%, de R$ 1.106 em outubro para R$ 1.075 em novembro.
- Fonte: noticiasconcursos.com.br