Cidade
Divinópolis tem apenas mais um leito de UTI particular para COVID
Média diária de internações em estado grave é de 39 pacientes; taxa de ocupação do SUS chega a 54%
Divinópolis, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, atingiu o pior índice de internações em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nesta segunda-feira (21/12). Boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) aponta taxa de ocupação de 97,1% na saúde suplementar, ou seja, particular e convênios. Dos 34 leitos divididos em quatro hospitais, apenas um está disponível.
O aumento do índice pode ser explicado pelo de notificações e confirmações. Com indicadores recordes, a média diária subiu de 136 em novembro para 261 neste mês, e de 20 para 42,8, respectivamente.
Boletim
O número de mortes é o único índice que o município tem mantido estável até o momento. Até esta segunda-feira (21), foram nove confirmações, totalizando 88 e um caso em investigação. Agosto foi o mês mais triste, com 18 óbitos em decorrência do novo coronavírus, seguido de setembro (15), outubro (12) e julho (11). A taxa de letalidade está em 2,60%.
Divinópolis contabiliza 3.391 confirmações do vírus, 24.600 notificações, 1.352 casos descartados, 2.925 pacientes recuperados e 366 aguardando resultado de exames. A taxa de isolamento social está em 33% e o ritmo de contágio está em 1,13.
Medidas
Para tentar conter o avanço do vírus, medidas foram reforçadas a partir desta segunda-feira (21). O consumo de bebida alcoólica em bares e restaurantes está proibido. A medida se estende também a outros estabelecimentos alimentícios, como lanchonetes, lojas de conveniência e semelhantes e mantém algumas normas anteriores.
O funcionamento destes estabelecimentos está permitido apenas entre 5h e 23h. Fora deste horário está vedada a retirada no local e delivery de bebidas.
Os shopping centers deverão controlar o acesso de pessoas ao seu interior por meio de senhas, não podendo o número de frequentadores ultrapassar os limites definidos nos protocolos sanitários da Vigilância Sanitária. No sábado (19), um shopping foi interditado por aglomeração.
Na onda amarela, por duas semanas consecutivas, também estão suspensos os eventos com mais de 30 pessoas e músicas ao vivo em bares.
Em caso de descumprimento das normas sanitárias, o proprietário poderá pagar multa que varia de 50 e 100 Unidade-Padrão Fiscal do Município (UPFM), isto é, entre R$ 3.997,50 e R$ 7.995,00. O decreto também estabelece a interdição imediata.
*Amanda Quintiliano especial para o EM