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Entidade que administra UPA de Nova Serrana é alvo de operação da PF no Rio de Janeiro e Juiz de Fora
Foi deflagrado na manhã desta terça-feira, 15 de dezembro, em Juiz de Fora a Operação Kick Back. Ação realizada pela Polícia Federal (PF) do Rio de Janeiro, que cumpriu mandados de prisão na entidade Organização Social (OS) Hospital Maternidade Terezinha de Jesus (HMTJ).
A entidade alvo da operação realizada por apuração de fraudes no Rio de Janeiro, é a mesma que atualmente administra a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Nova Serrana e em diversas outras cidades do país.
Conforme informado foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e dez de busca e apreensão contra acusados de desviar recursos públicos da saúde do estado do Rio de Janeiro. A operação Kick back teve os mandados autorizados pelo ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A Polícia Federal (PF) investiga um possível esquema criminoso no Rio, voltado ao desvio de recursos através do pagamento de dívidas inscritas na modalidade “restos a pagar”. O esquema pode ter desviado R$ 50 milhões dos cofres públicos.
Segundo a PF, uma Organização Social (OS) que atua na cidade mineira de Juiz de Fora e no Rio recebeu cerca de R$ 280 milhões em troca de pagamento de propina de 13% sobre o valor quitado.
A propina daria prioridade à OS investigada no recebimento dos recursos, já que, diante da difícil situação financeira em que se encontra o estado do Rio de Janeiro, nem todas as dívidas poderiam ser quitadas.
Escritório de advocacia
A OS ainda teria feito o pagamento de cerca de R$ 50 milhões a um escritório de advocacia, que, por sua vez, segundo a PF, repassou mais de R$ 22 milhões a pessoas físicas e jurídicas ligadas a um operador financeiro identificado nas operações Placebo e Tris in Idem.
A operação Placebo, em maio deste ano, cumpriu mandados de busca e apreensão contra o governador (agora afastado) Wilson Witzel, no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governo. Já a operação Tris in Idem, em agosto, resultou no afastamento de Witzel do governo.
O afastamento permanente de Witzel está sendo julgado por um tribunal especial, formado por cinco desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio e cinco deputados estaduais fluminenses. Ele nega acusações de envolvimento com a corrupção na saúde no estado.
- Fonte: com informações Agência Brasil